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Mais um susto - aborrecido... mas... amanhã será outro dia |
Dia 36 – 6.julho.13 –
sábado
NARIN – ARDARA –
KILLYBEGS – DONEGAL
Já é sabido que na
Irlanda, o sol ‘é de pouca dura’… pois as névoas e nuvens altas são uma
constante.
O percurso até Ardara é
daqueles em que sobrarão uns dois dedos mindinhos para cada lado da faixa de
rodagem, mas por paisagens de um misto de montanha, campestre e marítimo, não é
de esperar outra coisa.
Ardara, de 700 hab.,
dizem ser a capital da tecelagem de Donegal (província), e são numerosas as
lojas onde se vendem ‘tweeds’ e camisolas manufacturadas. Muitos ‘pubs’ com a
particularidade de em alguns ocorrerem sessões de violino.
Ligeiro desvio para oeste
e paragem na pequena cidade piscatória de Killybegs onde fomos impedidos por um
‘motard’ que assinalava a saída de uma boa centena de colegas seus que saíam da
cidade.
Ainda subimos uma encosta
em busca de uma ‘AS’ assinalada nos nossos Gps, mas achamos o espaço distante e
até pouco interessante, não justificando o pagamento exigido.
Descemos para próximo do
Porto onde num pequeno parque um enorme camião e uma carrinha comercializavam
produtos vários. Na carrinha, inúmeras espécies de peixe a preços idênticos aos
nossos, todos embalados e etiquetados.
Killybegs ( 1.700 hab.),
com as suas ruas estreitas e ventosas, dão-lhe um aspeto intemporal numa que é
uma pequena povoação industrial, cuja prosperidade se deve em parte à
manufactura dos tapetes de Donegal. Estes tornaram a vila famosa e decoram o
Dublin Castle, assim como outros palácios em todo o mundo.
Haveríamos de avançar de
novo descendo no mapa em direcção a Donegal indo regalando o olhar com as
muitas e maravilhosas moradias de um piso, implantadas em enormes relvados bem
tratados e aparados.
Donegal, (2.300 hab.),
significa ‘’Fortaleza dos Estrangeiros’’ e foi fundada pelos Viquings, que aqui
construíram uma praça forte.
Ficamos num parque de
estacionamento mesmo ao lado da ‘’Donegal Abbey’’, na margem do rio Eske. Deste
monumento, fundado em 1474, restam apenas poucos vestígios além de algumas janelas
góticas e dos arcos do claustro.
No pequeno centro da
vila, demos uma olhada à animação de fim de semana que lá ocorria.7
Notas soltas:
1 – Acesso à net - Desde a nossa entrada no
Reino Unido, passando pela Escócia e finalmente na Irlanda do Norte, mesmo nos
locais mais recônditos, tivemos quase sempre acesso à net através do Wireless
disponibilizado pela BT (British Telecom) aos clientes da ‘Zon’ e ‘PT’… mas já
notamos que a mesma facilidade não acontecerá na República da Irlanda… a ver
vamos…
2 – Matrículas de viaturas
3 – Moeda.
A moeda
utilizada/corrente no Reino Unido, Escócia e Irlanda do Norte, é obviamente o
‘Pound’ (£ ).
Acontece que nos três
‘países’ que ‘ainda’ serão parte do Reino Unido, existem 3 bancos emissores,
pelo que as notas diferem nos três, mas, no Reino Unido evitam receber notas
quer da Escócia, quer da Irlanda do Norte…
Percorridos: 4.242 Km (
dia 61 km )
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Muita batata na Irlanda... ei-la no _P_ de Kyllibegs |
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no percurso... as belas moradias circundadas de verde... |
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mais uma de entre tantas... |
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_P_ em Donegal |
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nada caro... 1 dia / € 2,30! e Domingo é grátis |
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o Castelo |
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Oh da GARDA!!! |
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ANIMAÇÃO no final da tarde e início da noite |
_P_ (pago € 2,70/dia - €
0,30/hora – grátis ao domingo) – N 54º 39’ 03.6’’ -
W 008º 06’ 52.6’’
Dia 37 – 7.julho.13 –
domingo
DONEGAL – BUNDORAN – Drumcliff
- SLIGO – ROSSES POINT
Quanto ao tempo, um dia
como os outros… cinza claro sem sol.
A estrada hoje percorrida
pode considerar-se normal, com largura suficiente para uma condução
descontraída.
Nova paragem em Bundoran
para percorrer a sua rua principal e circundar a agradável praia.
De notar que os espaços
dedicados às ‘casas tipo roulote’ são vários e enormes com vista para o mar e
para os campos de golf.
Esta pequena cidade é
geminada com a nossa Sesimbra.
A temperatura aqueceu dum
instante ao outro e o sol ia dando um ar da sua graça.
SLIGO – está situada
junto ao estuário do rio Garavogue, entre o Atlântico e o Lough Gill (lago).
Hoje a maior cidade do
noroeste, ganhou importância sob o domínio dos Normandos, quando se tornou um
importante ponto de passagem entre as
províncias do Ulster e de Connaught.
Fizemos a visita à
pequena SLIGO ( 20.000 hab.), onde no edifício do turismo ao questionarmos o
que de bom havia para visitar… a
resposta veio célere… o Museu… o novo ‘’shoping’’!... conversados ficamos.
Sobre local para pernoita
com a AC ia indicar-nos um hotel… mas melhor falada, pegou num livrinho com
‘campings’ que dispensamos…
A colega entendeu melhor
a questão, o parque onde estacionamos era pago, como tantos outros, alguns com
barreiras… sugeriu o parque gradeado da Catedral.
E bem que escolheu… local
sossegado, com as cancelas abertas (talvez por falta de clientela) e mesmo que
o não fora, o seu preço anunciado até seria pago por nós ( € 3,00/dia)… Cathedral Of Immaculate
Conception (Gps N 54º 16’ 09.1’’ – W 008º 28’ 42.2’’
Ainda seria cedo para
pensar em ficar mesmo sendo a cidade intimamente ligada ao poeta, cujo legado
literário e artístico tem sido o maior inspirador da vida cultural local.
Afinal a cidade ficara já visitada.
Haveríamos de notar no
Gps que existem 3 locais para ficar junto a um enorme lago a uns 5 km, contudo,
acabamos por preferir o Mar, mais propriamente um percurso de 9km que faz parte
do Circuito de Yeats Country por onde passamos em parte já que paramos para
almoço junto ao Drumcliff em cujo cemitério está sepultado Yeats (que morreu em
França em 1948 ).
Rosses Point onde a
temperatura já atingia os 24ºC e a praia estava repleta, estacionamos nos
relvados contíguos pois a zona de estacionamento abarrotava.
Yeats e o irmão
costumavam passar o verão nesta bonita praia. Fica à entrada da baía de Sligo e
é um bonito local para apreciar a passagem dos barcos que rumam ao mar.
Caía a noite mais cedo
pois uma neblina cerrada tombou sobre a zona.
Estavamos as 2
autocaravanas sobre a relva pois todas as outras iam debandando.
Na parte alta sobranceira
ao mar ainda permaneciam meia dúzia de AC de Irlandeses. Mesmo se o receio era
nenhum, decidimos sair e pernoitar junto deles ali a uns 100 metros.
Ao chegar lá, como o piso
era bastante inclinado, preparei os calços para altear a parte traseira da AC.
Ao ligar a ignição de
novo, esquecendo colocar a alavanca das mudanças em ‘ponto morto’, a AC deu ‘um
salavanco’, e a partir daí, tentativa e mais tentativa e nada…
Um dos Irlandeses, foi de
imediato chamar um outro que pelas suas ‘mexidas’ vi que seria pessoa entendida
na matéria.
Requisitou a AC dos meus
parceiros para fazer uma ligação direta com os cabos que sempre levo comigo.
Pegou!!!...
Desliguei, e nada de novo…
a bateria havia sofrido um ‘ataque cardíaco’!...
Óbvio que iria ter uma
noite nada calma ainda mais que a cama ficara inclinada no sentido inverso…
Amanhã será um novo dia…
veremos o que fazer.
Percorridos: 4.319 km (
dia 77 km )
Gps N 54º 18’ 32.6’’ -
W 008º 34’ 12.9’’
Dia 38 – 8.julho.13 – 2ª. feira
ROSSES POINT - SLIGO - CHARLESTOWN - CASTLEBAR - WESTPORT - WESTPORT QUAY
Após uma noite mal dormida, já na véspera ensaiei questionar o Gps sobre oficinas de eletricidade e representantes da Fiat.
O mais lógico encontrado, seria o representante da Bosh, na cidade de Sligo (a 10 km ) onde havíamos estado ontem.
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Quem viu ontem toda esta relva repleta de viaturas e de gente e... esta manhã... estava assim! |
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não fora o problema surgido, haveríamos de ficar aqui mais um dia. |
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há que abalar... neste momento ainda inquieto por não saber o que me esperava |
Ainda bem que foi essa a decisão. O Artur a meio da manhã, encostou a frente da sua AC à minha... e lá remediamos o problema.
O competente técnico fez uma ligação a outra bateria e testou a que me havia deixado ficar mal... concluiu, aquilo que na véspera já sabia (mas pensamos sempre no pior...)... bastaria colocar nova bateria e seguir viagem!
Até mereceu 'gorjeta' o simpático 'Jo' que se fartou de suar pois o calor já apertava ( 31ºC na Irlanda... é muito... é anormal!).
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Obrigado Jo pela competente e simpática ajuda |
De novo a 'rolar', desta vez por estradas mais aceitáveis em termos de largura.
Passagem e paragem nas pequenas cidades de Charlestown (onde almoçamos) e Castlebar.
Chegados ao Porto que dista 2,5km da bonita cidade de Westport, estacionamos na verde relva encostada ao cais, e outro precalço me acontece...
A relva escondia um 'buraco' e mesmo um dos simpáticos AC Irlandeses a ajudar-me na manobra, caí lá com a roda da frente... suavemente... já que forrada a relva...
A simpatia foi tal, que de imediato a criatura me traz um tapete de borracha para com mais umas dicas me safar de mais esta incomodidade...
Até às 5 da tarde não ousei sair, mas logo após, saquei da bicicleta e fui à descoberta da cidade e do enorme e belo parque florestal onde se localizam imensos espaços de diversão ( golf, obstáculos radicais, ténis, etc...) e um enorme espaço verde que funciona como 'Camping' mas cujo preço é proibitivo (€ 32,00 + € 3,00 elet.)...
De regresso 'ao meu lar', o merecido duche e a cavaqueira com os simpáticos e curiosos vizinhos Irlandeses.
O magnífico ocaso, fechou o dia em beleza.
Percorridos: 4.436 Km ( dia 117 Km).
Westport Quay - N 53º 48' 05.6'' - W 009º 33' 06.8''
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