Mais um dia que nasce quente. A saída ocorreu após uma visita ao pequeno Mercado Municipal.
Avançamos então para o Penedo Furado onde a piscina natural nos pareceu menos elaborada mas com água corrente visível.
Dei a corda às sapatilhas e atravessei o novo passadiço que nos leva a umas cascatas.
Os meus Amigos acompanharam-me à primeira mas de chinelinho nos pés vi logo que não iriam longe. Subi o alcantilado e escarpado monte até à segunda cascata.
Nada de monumentais mas aproveitadas para no sopé algumas pessoas se deliciarem com um fresco e apetecível banho neste dia de canícula.
As nossas meninas ficaram cá no alto pois os muitos automóveis enchiam os pequenos espaços próximos do rio.
Almoçamos no local e prosseguimos.
Os 2 Artur's decidiram voltar atrás por Vila de Rei mas para não repetir percursos, meti-me na sinuosa estrada com o ar condicionado a atenuar o incómodo e acabei por desviar para conhecer mais uma Praia Fluvial nas águas da Barragem do Castelo de Bode a uns 10 kms a norte de Constância. Espaço generoso e interessante para pernoita próximo da Aldeia do Mato.
Como havia combinado juntar-me aos meus vizinhos de Braga, rumei a Porto de Mós onde pernoitaremos.
Percorridos: 601 Kms ( Dia 103 Kms )
O calor já partiu.
Percorremos a curta distância até Alcobaça onde ficamos no antigo camping, agora muito arejado e arborizado e com eletricidade a custo zero - um luxo -.
O Artur de Turquel compareceu no local e levou-nos a almoçar aqui nas redondezas.
A voltinha à terra já bem conhecida e a revisita da igreja do Mosteiro.
A chuva foi-se fazendo sentir tímidamente arrefecendo a temperatura.
ASA Alcobaça: N 39º 33' 10.3'' O 008º 58' 41.1''
Percorridos: 619 Kms ( Dia 18 Kms )
Numa tarde mais quentinha e com poucas núvens, sentamo-nos na esplanada de café lateral ao Mosteiro.
Ali permanecemos umas boas duas horas pois os concertos de música oriunda de instrumentos de sopro e outros oferecidos por gente jovem da terra nos enterneceram e deliciaram.
Um dia a contento.
Findo o almoço, com o céu 'embrulhado' em nuvens titubeamos na decisão do destino para onde ir.
Uma das enormes vantagens do autocaravanismo itinerante.
O destino escolhido, será a terra de Bordalo Pinheiro.
A chegada sentimos uma enorme adrenalida (impensável para quem não sonha o que é esta vida...) enquanto eu havia inserido o Parque contíguo à PSP, o Artur havia outro local só que o seu Gps apontou para o contornar de 4 esquinas que teriam merecido um filme, acontece que quando estamos metidos em maus lençóis nem a 'foto do momento' nos ocorre... com muita calma e um encolher de retrovisores, lá nos passaram os calores.
O revisitar do Parque da Cidade (que conheci fez em janeiro 50 anos aquando do serviço militar e a ida às compras à loja da Fábrica de Bordalo Pinheiro.
Em tarde de domingo, foi fácil o estacionamento pois segundo nos disseram, durante a semana, apenas ao anoitecer surgiriam lugares com facilidade.
Percorridos: 650 ( Dia 31 Kms )
Com a temperatura a descer, mais umas voltas no centro da cidade onde diariamente se realiza a feirinha de frutas e legumes.
Almoço a bordo e a decisão comum de avançarmos a norte mas à beira mar.
Ficaremos na praia que foi minha na infância onde me deliciava com a chegada dos barcos da pesca e o arrasto das redes pejadas de peixe por uma junta de bois e com a ajuda dos 'populares'. Era assim a 'Arte Xávega' sendo que agora são os mecânicos tractores a fazer o serviço.
Por aqui, junto à foz do Rio Lis
Percorridos: 719 Kms ( Dia 69 Kms )
As crianças de colégios lá iam palrando alegremente na praia em dia de nevoeiro. À tarde umas melhorias e seria também a vez dos idosos sedentos de sol.
O meio envolvente é de 'aldeia' com gentes simples vindas de outras bandas.
Arranquei à praia vizinha de Pedrogão para revisitar Amigos de longa data que ficam para toda uma vida. Obrigado Dina e família pela sempre simpática e Amiga receção.
Voltei à Praia da Vieira para pernoita junto dos meus companheiros de viagem.
Percorridos: 730 Kms ( Dia 11 Kms )
O percurso com a mesma paisagem desoladora com o pinhal destruído e os madeireiros a levarem os troncos mais carnudos.
O azimute escolhido seria uma praia também ela mantendo a tradição de pesca (Arte Xávega) e que sempre nos vai acolhendo com simpatia.
Não resistimos em almoçar no ''A brasa da Costa'' onde o prato do dia bem confecionado compreende tudo até ao café...
A praia, uma tristeza uma vez mais pois o vento incomodava.
Percorridos: 784 Kms ( Dia 54 Kms )
É dos acontecimentos que considero mais irritantes. Ponderei ir a Braga à 'Jatap' para providenciar a sua reparação.
Deixei os meus Amigos a fruir o dia que entretanto prometia sol e abalei em direção a Angeja à 'Albicampo'.
Antes porem parei em Ílhavo ao ,lado do Museu que ando há tempos para visitar, ali almocei, mas ainda não será desta feita que faço a visita.
Na Albicampo, como por norma funcionam por marcações, após a substituição 'do queimador'/injetor, aproveitei para que me instalassem um ventilador para ver se o sistema se torna mais eficaz. Foi quase uma tarde 'perdida' mesmo se o serviço, como sempre prima pelo profissionalismo.
Onde ficar? Voltar para Aveiro onde os meus parceiros chegarão amanhã?
Pensando melhor, encostei a um dos locais que ainda que muitas vezes visitado, nunca me cansa - O Cais do Bico - numa bela margem da Ria de Aveiro (lado norte).
Certamente que o sossego noturno me alegrará o sono.
Percorridos: 889 Kms ( Dia 105 Kms )
Tive de mudar de ideias pois a 4 Kms as filas eram enormes. Vim a saber que se realiza algo Festivaleiro.
Nem foi tarde nem cedo, encostei num parque junto à Praia da Sereia defronte do Café/Bar ''Grão de Areia'' e ainda que a 4 kms do Evento, o estacionamento esgotou nestas bandas.
Esperemos que não cheguem tarde da borga e me acordem.
Percorridos: 948 Kms ( Dia 59 Kms )
Após o pequeno almoço rumei a Braga indo a casa só e apenas para um melhor e mais apetecível duche.
Passei no Restaurante onde adquiri uma dose de bacalhau à Brás e segui.
Almoço em sombra aprazível na freguesia de MATO (Ponte de Lima) e após visita a Lar onde se encontra pessoa Amiga rumamos à Praia preferida nos meses de julho/agosto onde tenho sempre espaço sobre o mar.
O mar aqui faz-se sentir e à chegada o cheiro ativo a maresia vinda do sargaço fazia-se sentir.
Mais logo, teremos um bonito pôr-de-sol certamente.
Percorridos: 1.092 Kms ( Dia: 144 Kms )
Pela manhã, o ribombar do foguetório na festa da Aguçadoura, acordou-me abruptamente.
Os caminheiros a caminho de São Tiago de Compostela, passavam a bom ritmo em grupos de dois.
A praia com o vento que regressou fazia-se mas sem ida ao banho mesmo se a temperatura da água estaria boa pois a ondulação voltou a comandar a inibição.
Terminamos os 23 dias 'consumidos' na ida à Festa dos Tabuleiros, luxo a que poucos podem ter acesso já que esta itinerância não seduz muita gente.
Neste final de digressão, o meu lamento pelas notícias que assolaram ontem e hoje toda a Região de Vila de Rei por onde passei alguns dos dias deste périplo. Comentei na altura, presenciar que ao longo das estradas e locais percorridos de constatar que os eucaliptais e outros que tais continuavam a proliferar prevendo que mais dia menos dia tal calamidade voltaria a acontecer. Ao passar numa 'Base' dos Gips da GNR este cenário coexistia em redor da pista de helicópteros e das suas instalações, não queria acreditar. Certamente que existem interesses que inibem a atuação das autoridades ora por compadrios, ora por desconhecerem os proprietários dos terrenos ou ainda incompetências várias de quem compete a fiscalização.
23 dias agradáveis e saudáveis.
Percorridos: 1.136 Kms ( Dia 44 Kms )
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