De Autocaravana, tenho vindo a viajar ''cá dentro'' e pela Europa... para lá do Círculo Polar Àrtico - até ao Cabo Norte, onde vivenciei o ''Sol da Meia-Noite''.
Viajei em Autocaravana pelo Norte de Àfrica... (mais de uma vez), muito para lá do Trópico de Cancer... até à Guiné-Bissau.
Fui também por estrada à Àsia - Turquia e Capadócia, sendo que no regresso fiz a Croácia e dei um saltinho a Mostar e Saraevo na Bósnia-Herzegovina.
Sem pretensiosismo literário ou outros, apenas pela PARTILHA, dessas e outras viagens vou dando conta neste espaço.

Países visitados em Autocaravana: - EUROPA: ESPANHA – ANDORRA -FRANÇA-ITÁLIA-MÓNACO- REINO UNIDO - IRLANDA -HUNGRIA-REP.CHECA-SUÉCIA-ESLOVÉNIA - ESLOVÁQUIA- POLÓNIA-AUSTRIA-SUIÇA-ALEMANHA-BÉLGICA-HOLANDA-DINAMARCA-NORUEGA-FINLÂNDIA-ESTÓNIA-LETÓNIA-LITUÂNIA-BULGARIA - BÓSNIA HERZGOVINA- ROMÉNIA -GRÉCIA – CROÁCIA – LIENCHSTEIN – LUXEMBURGO – S.MARINO - VATICANO ÀSIA : -TURQUIA-CAPADÓCIA ÀFRICA: GUINÉ-BISSAU – CASAMANÇA – GÂMBIA – SENEGAL – MAURITÂNIA – SAHARA - MARROCOS

Outras viagens:RÚSSIA (Moscovo e S. Petesburgo) -AMÉRICA do NORTE:CANADÁ (Quebec-Ontário-Montreal-Otawa-Niagara falls) - EUA(Boston-Nova Iorque-Cap Kenedy-Orlando - Miami)AMÉRICA CENTRAL:CUBA (Havana - S. Tiago de Cuba - Trinidad - Cienfuegos - Varadero)- ÀSIA :CHINA (Macau-Hong Kong) - VIETNAM(Hanói-Danang-Ho Chi Min) - África - -Angola - São Tomé e Príncipe (S. Tomé +Ilha Príncipe + Ilhéu das Rolas) - Ilhas - Madeira + Porto Santo + Açores (S.Miguel+Terceira+Pico)

sábado, fevereiro 16, 2019

Crónica de Autocaravanista Itinerante - Fuga à Rotina - Parte I / II

Crónica de Autocaravanista Itinerante - 9 e 10fev2019 - Fuga à Rotina - Dias 1 e 2.
Braga-Vila Verde - Freixo - Aver-O-Mar - Barcelos - Freixo - Braga - Estarreja
Sábado não esteve de feição. Depois da volta costumeira, nova pernoita paredes meias com o Oceano. A TV, nem de TDT, nem via satélite. Mesmo assim problema resolvido com a 'net' e a TV no 'tablet... Uma noite não muito calma já que o vento, a chuva e a forte ondulação me iam despertando vezes várias durante a noite.

Já a manhã surgiu de sol aberto e o dia agradável.











Voltei a fazer o percurso inverso e após deixar em casa a minha pendura, parti de novo no final de dia.
A paragem no já conhecido largo de Estarreja.
Amanhã, outro rumo surgirá.
Percorridos: 275,6 Kms
Crónica de Autocaravanista Itinerante - 11fev2019 - Fuga à Rotina - Dia 3.
Estarreja - Aveiro - Angeja - Gafanha da Nazaré - Ilhavo - Luso - Buçaco - Santa Comba Dão - Tondela

Na Albicampo com o Amigo e Sócio-Gerente Marco
Uma agradável noite com partida a meio da manhã em direção à Albicampo para umas comprinhas de 'bricolage' e revisitar os Amigos Marco e pai João.


Em redor, as cegonhas aumentam exponencialmente. Encarrapitadas no alto dos postes de eletricidade mostram a sua elegância e de tempos a tempos fazem ruidosamente clac clac com os seus longos bicos.

Almoço junto à Ria de Aveiro e revisita à Autocaravanista mais Marroquina da Gafanha a Amiga Amelia com quem partilhei conversa animada e interessante.
Aproveitando a digressão pela Gafanha, a visita ao 'atelier de eletrónica' do Sr Paulino para a dotação de novo comando do alarme da 'geringonça'!
Albicampo









Prossegui viagem até à vizinha cidade de Ilhavo onde ensaiei a visita ao Museu Marítimo de Ilhavo sem sucesso. Esqueci que às 2ªs feiras os Museus estão encerrados!



Ficará para nova visita. Não há tempo a perder. Enveredei pelo percurso de Luso e Buçaco estrada sinuosa e estreita sem paragens passando por inúmeras florestas de eucaliptais que me impressionaram por ali continuarem à espera por um qualquer incêndio que vitime quem por ali passe. Não aprendemos com os erros de passado recente. Na terra do 'Botas' em Santa Comba, o IP3 cortado levou-me a volta inesperada já que o destino imaginado Tondela dali é feito por boas estradas.




Cheguei já a noite espreitava.

Amanhã será outro dia.
Percorridos:- 424 Kms ( Dia 149 Kms )
Crónica de Autocaravanista Itinerante - 12fev2019 - Fuga à Rotina - 
Dia 4. Tondela - Viseu - Mangualde - Celorico da Beira.
Depois de uma noite super calma e do duche matinal, avancei para o próximo centro da terra. Confesso que nunca me tinha quedado nesta simpática cidade mesmo se já passei vezes sem conta à ilharga. Comecei a visita pela Igreja central (Matriz) que não me seduziu. Entrei no edifício supostamente do 'turismo' que está adstrito a outras funções. Recomendaram-me a visita ao 'turismo' no remodelado Museu de Terras de Besteiros que se me apresentou graciosamente e cuja visita recomendo vivamente sobretudo a bela capela situada no seu interior. Não se pode fazer fotos mas... com a 'nega benevolente' acabei por fazer algumas para divulgar a terra. A simpatia da jovem Sofia foi a tal ponto de vir ao exterior indicar-me como ir dali aos principais pontos de interesse. Esclarecidas todas as dúvidas todas as dúvidas/questões de uma forma alegre e entusiasta as despedidas com a promessa de voltar até porque na antiga linha férrea desativada, foi construída uma ciclovia que vai de Viseu a Santa Comba numa distância de cerca de 49 Kms... e a Sofia me garantiu que me seria ''alugada a custo zero' uma bicicleta elétrica para percorrer a via... Delícia... muito Obrigado Sofia pela simpatia e generosidade em divulgar a sua terra. O almoço.na próxima visita será onde ela recomendou, a poucos Kms daqui em Tonda o ''3 pipos'' ( Gps: 40º 29'50.13''N 8º 4' 19.68'' O ).



Museu de Terras de Besteiros
''- O Museu Terras de Besteiros é um museu de território, tendo no seu acervo diferentes tipos de cultura material, que nos permitem conhecer a região de Besteiros desde os primórdios da ocupação humana até à atualidade. Fazem parte do espólio do Museu, coleções de arqueologia, do período Pré-Histórico até à época Medieval, passando pelos vestígios da ocupação romana do território. Já no campo da etnografia, integram o acervo do Museu coleções que nos remetem para as artes e ofícios tradicionais, como a produção do linho, a cestaria, a olaria e a pisoagem, bem como trabalhos inerentes às atividades agrícolas. Integra também o acervo do Museu um conjunto de objetos de arte sacra que são parte integrante da capela do solar em que este se encontra instalado. Para além do património cultural móvel, o Museu Municipal integra alguns núcleos museológicos, cuja preservação foi realizada in situ, dos quais podem ser destacados o monumento megalítico da Anta da Arquinha da Moura, freguesia da Lajeosa do Dão, e o núcleo de Moinhos, Ambientes do Ar, localizados em Souto Bom, freguesia de Caparrosa. Desenvolvendo uma política de depósito de bens culturais, encontra-se também à guarda do Museu Terras de Besteiros um espólio que nos remete para a Estância Sanatorial do Caramulo, e para a doença tuberculina. Integrando ainda os bens culturais depositados no Museu Municipal, encontram-se alguns objetos arqueológicos, nomeadamente um conjunto de moedas do período Romano.''-




  
O meu agradecimento à simpática, gentil e competente Sofia

Dali, fui entregar o 'Euro-Milhões' e entretanto, entrei na Casa recomendada pela Sofia, ou seja, uma loja à moda antiga, a lojinha do Sr. Sérgio Tamanqueiro que é única com as suas altas prateleiras, já inusuais e com vendas à peça... 1 parafuso... um prego, etc... entretanto o seu proprietário me disse ter 19 anos (91) e que ainda está aí para as curvas subindo ao escadote para chegar às prateleiras mais altas o que me leva a concluir que poderei como ele nessa idade conduzir a minha autocaravana.


A simpatia do Sr Sérginho Tamanqueiro, que com os seus 19 anos (91) me deu lição de Vida.














A meio da tarde, segui sempre pela EN, por Viseu e Mangualde onde parei na ASA para Autocaravanas. Como tinha a eletricidade desativada e o local não é acolhedor, prossegui. 
Mangualde


Celorico da Beira



Chegada a Celorico da Beira onde o espaço dedicado satisfaz em pleno e até estão a remodelar prédio contíguo para dotar o espaço de wc e máquina de lavar roupa gratuita!!!
Percorridos: 505 Kms ( Dia 81 Kms ).
Crónica de Autocaravanista Itinerante - 13fev2019 - Fuga à Rotina - 
Dia 5. Celorico da Beira.

Com os dias a nascer com o sol a espreitar, a preguiça retarda a alvorada.
A meio da manhã, fui em busca de um talho e de uma casa de queijo (ou não esteja na Capital do queijo da serra), me perdoem as minhas amizades vegetarianas mas não me consigo libertar dos apetecíveis pratos de origem animal.
Dois bifes de alcatra e meio queijo da terra foi o que veio comigo.





No regresso, as conversas sempre animadas com os meus vizinhos Franceses que me dizem que vivem na autocaravana porque em França as reformas não chegam para manter casa e por aqui conseguem ter uma vida salutar e calma, pudera... até a eletricidade é paga por nós!!! Um casal Brasileiro que faz 2 anos para cá vieram e vivem de igual modo desta forma. Uma cidadã Inglesa, idem. Já as conversas iam longas e o almoço me esperava.








A Torre do Relógio, localiza-se em pleno centro histórico de Celorico da Beira, junto à Praça 5 de Outubro e nas proximidades da Igreja de Santa Maria.
Celorico da Beira, Situa-se a cerca de 550 metros de altitude, banhada pelo bonito Rio Mondego, no sopé da Serra da Estrela, trata-se de histórica Vila da Beira Alta, sede de um município predominantemente rural. O maior empregador da terra é sem dúvida a Autarquia.
Vários vestígios de ocupação humana desde remotos períodos existem na região, não existindo contudo consenso na sua cronologia, sabendo-se contudo que algumas vias viárias Romanas existiam em Celorico da Beira, construídas entre o século I a.C e o IV d.C..
Celorico da Beira teve um papel preponderante na defesa contra as investidas castelhanas e muçulmanas durante a Idade Média.
Devido à sua importância estratégico-militar, a povoação foi várias vezes disputada por Castelhanos e Portugueses, tendo integrado os dois reinos alternadamente.
Assim, Celorico da Beira, em conjunto com Trancoso e Linhares, formava um poderoso triângulo defensivo da Beira.








Após o almoço meti-me a caminho até ao Castelo e Museu da Agricultura e no Regresso a pensada visita ao Solar do Queijo não foi possível já que estavam em arrumações para a Festa do Queijo a realizar na semana próxima.
Trepei e visitei o Castelo que é testemunho desses tempos, em estilo românico-gótico, corresponde à Cidadela, mas todo o centro histórico respira este ambiente medieval, com as suas casas graníticas. 
A Igreja da Misericórdia não visitei por se encontrar encerrada, em estilo barroco-joanino demonstra o fervor religioso beirão, neste local abençoado pela natureza, onde se encontram paisagens idílicas, possibilitando as condições necessárias para a produção de um dos mais famosos produtos da região: o Queijo.

 De facto, Celorico da Beira é também conhecida como a “Capital do Queijo da Serra da Estrela“, tendo já o Rei D.Dinis, em 1287, criado o primeiro mercado de queijo de Celorico da Beira, que hoje em dia se realiza à 3a feira, de Dezembro a Maio.
O Castelo de Celorico, cuja fundação remontará aos séculos XII/XIII, é classificado tipologicamente como sendo um castelo românico-gótico. Possui duas entradas uma a oeste e outra a leste; dois cubelos adossados ao lado Sul da Muralha, um de planta quadrangular irregular e outro de planta trapezoidal irregular e originalmente possuiria uma Torre de Menagem no centro do reduto defensivo, cujos vestígios, todavia, não chegaram até aos nossos dias.
Assim, a Torre que hoje subsiste (fechada) deverá ser mais tardia e posterior a outra localizada no centro da praça. Quanto à cronologia de ocupação deste espaço não é unânime entre os diversos autores que já escreveram sobre o assunto. Alguns deles referem que, dado o valor estratégico do local, a primeira fortificação de Celorico terá sido um castro proto-histórico, que posteriormente terá sido romanizado.
A teoria da existência de uma ocupação anterior ao período da Idade Média poderá ser corroborada pelo facto de no local existir uma epígrafe votiva de época romana, consagrada a uma divindade pré-romana.










Caminhei bastante até que as pernas se começaram a ressentir... Não me falta tempo para relaxar.
Amanhã mudarei de rumo e poiso.
Crónica de Autocaravanista Itinerante - 14fev2019 - Fuga à Rotina - 
Dia 6. Celorico da Beira - Guarda - Castelo Mendo - Castelo Bom - Vilar Formoso/Fuentes de Onoro (Esp) - Almeida.
Sempre pela EN desta feita pelo IP5 subi até à Guarda onde parei apenas por uns instantes mesmo se dispõe de espaço dedicado às autocaravanas.

Há que aproveitar a escapada por dois motivos: O sol durará até domingo e... de somenos importância, os únicos comprimidos que tomo para a Pressão/Tensão Arterial acabam de hoje a 8 dias... esqueci-me (coisa banal em qualquer idade!).
A cidade da Guarda onde não fiquei desta vez

Castelo Mendo
O percurso escolhido, já feito noutras ocasiões teve início numa Aldeia Histórica que aprecio imensamente de nome: Castelo Mendo.
As imagens 'falam' mais que mil palavras pelo que quem pretender aceder à história deste Museu Vivo, pode fazê-lo em qualquer motor de busca.
Delícia!



























Seguiu-se Castelo Bom que não tem a mesma carga monumental edificada (casas descaracterizadas, alumínios e muito pouca gente). Subi duas vezes a calçada até aos antigos Paços do Concelho pois não encontrei o 'pelourinho'... verifiquei depois que do mesmo apenas resta a base...






Afinal o ''Pelourinho'' voou...


Sabem para que servia?
A hora de almoço à espreita mas decidi avançar até à conhecida fronteira de Vilar Formoso/Fuentes de Onoro para carregar com 2 botijas Cepsa e abastecer de diesel (preço muito próximo do nosso).
Como o destino para hoje está próximo lá cheguei à nova Àrea de Serviço para autocaravanas de Almeida defronte do novo quartel dos bombeiros. Liguei a eletricidade mesmo se no local informam custar € 5,00...

Ninguém vem receber?



 Revisitei a cidade intra muros da fortaleza.


Casa dos Expostos









Percorridos: 594 Kms ( Dia 89 Kms )
Crónica de Autocaravanista Itinerante - 15fev2019 - Fuga à Rotina - 
Dia 7. Almeida 

Dia dedicado a revisitar o 'miolo' da Fortaleza.
O que ressaltou neste dia, foi o reencontro com velho Amigo cuja última vez encontrei aqui próximo faz já uma dúzia de anos.
A foto em tarde de sol, com o 'retardador' para 2 segundos, deu nisto... 


Um almoço numa aldeia aqui a meia dúzia de kms de nome Malparada no Restaurante ''O Caçador'' onde a interessante conversa sobre o passado e o presente nos fez reviver o que de bom partilhamos nos tempos longínquos.










No 'meu bairro', entretanto, já tenho mais vizinhos Alemães.
Amanhã, decidirei o que fazer e ou para onde mudar.

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