Poucos, mas... bons!...
Dia 12.DEZ.09 - Sábado
GERMIL - PNPG
A paisagem do dia... lindaaaaaa...
Recém chegado da Serra da Estrêla e aproveitando
uma vez mais o previlégio de residir próximo da nossa Serra do Gerês – Parque
Nacional da Penêda Gerês -, havia que aproveitar a limpidez proporcionada pela
quási ausência de nuvens, nevoeiro, chuva e vento… rumando desta vez a uma
aldeia a 17 km da Ponte da Barca, no limite dos distritos de Braga e Viana do
Castelo.
Quando realizamos uma caminhada apercebemo-nos
que realmente precisamos de abrandar um pouco o nosso ritmo e modo de vida.
Desfruta-se ao máximo e de uma forma tranquila do típico ambiente das aldeias
minhotas, das paisagens do PNPG, do contacto com animais no seu ambiente
natural e da beleza arquitectónica da região. Esta actividade pouco exigente técnicamente
e adaptável às condições físicas de cada um tem cada vez mais adeptos.
Uma vez mais, imbuídos deste espírito, mesmo
tendo faltado vários dos habituais caminheiros por compromissos natalícios
(almoços de empresa, festas de natal dos filhos, etc) comparecemos às 7 da
manhã no local habitual em Braga.
A caminhada iniciou-se no aglomerado de
características serranas da aldeia de Germil. Às 8,30 h. estávamos já a deixar
para trás a bucólica paz da tradicional aldeia serrana, para entrar num
ambiente de montanha, por caminhos empedrados e trilhos de pastores. A
sobranceira e majestosa Serra Amarela, o corte afiado dos montes que nos
rodeiam, as chãs e courelas e as fantásticas formações geológicas, constituem
os elementos de adorno desta bela paisagem.
Alternando entre o vale e a montanha, decorrendo
ora por entre culturas e pastagens, ora por entre matagais e pequenos bosques
de, sobreiros, carvalhos e castanheiros, o itinerário integra, não apenas uma
fauna e flora rica e variada, mas também vários exemplares do património
histórico-cultural da região.
Seguidamente, um caminho íngreme, leva-nos dos
600 mts ao topo da montanha, a 1.100 metros de altitude, cujo esforço é de
fazer parar a respiração. Aí, o vento mal se sentia e o sol aquecia,
aproveitamos para lanchar ao mesmo tempo que apreciávamos a paisagem em redor
dos 360º do marco geodésico - Alto da Carvalhinha-.
Chegados ao cimo, avistando já os vales do Vez e
Lima, a um lado e, numa sucessiva ondulação de relevos, as serras da Cabreira,
Campo do Gerês, Carvalheira, Calcedónia e
Serra d’Arga, seguimos pelo cume da outra colina e outra surgiu
defronte, o alto do EIDO, enriquecido por uma fauna e flora diversificadas. Fiquei
no sopé deste já muito próximo do cume.
Sentei-me numa enorme fraga num pequeno
desnível entre montes, enquanto os meus companheiros sondavam ‘’os topos em redor’’…
Havíamos deixado para trás um enorme rebanho de
cabras com o chocalhar característico, guardadas zelosamente por jovem pastor e
pelos atentos cães de guarda.
Sentado, pousei a cabeça sobre ‘’o cajado’’ e
nuns bons quinze minutos, de olhos fechados, como que numa interior meditação
transcendental, ‘’escutei o silêncio’’… maravilhosa toda aquela quietude de
montanha.
No regresso dos meus parceiros de caminhada,
prosseguimos a descida, No final deste simpático caminho, rodeados por uma
vegetação autóctone onde predomina a carqueja, o tojo e a urze, podemos, numa
atitude terapêutica, recuperar as forças e retemperar o espírito para o resto
da caminhada.
A ponte das poças
Nos restantes caminhos que serpenteiam a encosta,
reiniciamos a descida até entrar, num velho trilho que, em ambiente bucólico
por entre campos laboriosamente trabalhados, nos leva até Germil, sem antes nos
fazer atravessar um caudaloso ribeiro na Ponte das Poças. Este lugar, cujas
origens se perdem no tempo, é o mais emblemático deste percurso. Carregado de
história e de estórias, constitui um conjunto arquitectónico que pela sua
simplicidade e rusticidade surpreende qualquer visitante.
Terminamos o passeio de dificuldade média, pelas
15,30h.. Deslocamo-nos de viatura até Entre-Ambos-Os-Rios, onde não importa a
que hora da tarde, ao calor das lareiras nos servem simpáticamente, um
apetecido almoço – Restaurante BARCA AZUL telef. 258 588 353.
Em todo o percurso, os ''garranos'' estavam lá... este ''atrevidólas''... andava excitadíssimo... grande safado!...
1 comentário:
Linda paisagem..viajei junto contigo. Mas senti falta de fotos de Portugal. Explore seus ´País tbém. Estou te seguindo.
Enviar um comentário