Dia 6 de viagem - 24set15 - 5ª. feira
TABUAÇO - PENEDONO - MÊDA
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Penedono - Pelourinho e Castelo |
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Barragem próximo de Fontarcada |
Com a vindima terminada, haveríamos de aproveitar para fazer pequena viagem de regresso pela beleza desta região.
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O percurso do dia |
Não foi nada fácil o percurso até Penedono. Muitas encruzilhadas de pequenas estradas locais.
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O castelo de Penedono |
Finalmente a visita a Penedono e ao seu Castelo.
A primitiva fortificação de Penedono só é referida por volta
do ano 930, quando, no âmbito da reconquista cristã da Península Ibérica, esta
região foi pela primeira vez reconquistada aos muçulmanos, pelo rei de Leão.
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Um pelourinho de rara beleza |
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Um bar da terra |
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Matriz de Penedono |
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3 em 1 - santíssima trindade! |
Todavia, os vestígios de ocupação pré-histórica nesta zona, tornam possível admitir que uma fortificação possa ter existido, mesmo antes da ocupação romana da península.
Foi o rei de Leão, Fernando Magno, que em 1064, conquistou definitivamente este castelo aos muçulmanos, passando mais tarde a fazer parte do território do Condado Portucalense.
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janela para a Vila |
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Nunca tinha ''ido dentro''... foi desta! |
Depois da independência portuguesa, Penedono mereceu a atenção de diversos reis, dado a sua colocação estratégica, com, por exemplo, D. Dinis, em finais do século XIII, a mandar reforçar as suas defesas.
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Olhar sobre o casario de Penedono |
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Perspetiva interior do castelo de Penedono |
O actual aspecto, romântico, deste castelo, acredita-se que remonte a finais do século XIV, quando o rei D. Fernando, doou esta terras a um nobre de nome, Vasco Fernandes Coutinho, que fez dele a residência da família e nesse sentido foi utilizado até finais do século XV.
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A Emília no equilibrismo |
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Ora pois... |
Abandonado e chegando mesmo a ser proposta a sua demolição, foi defendido por um grupo de cidadãos, a que chamaram « Homens Bons », e já no século XX, foi classificado como Monumento Nacional, vindo a beneficiar de obras de consolidação e restauro, da responsabilidade da Direcção Geral dos Edifícios e Monumentos Nacionais.
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A Avenida principal e as autocaravanas |
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Penedono ainda é Portugal |
Efetuada a visita à pequena mas agradável Vila de Penedono, prosseguimos numa vintena de Km's em direção a nascente, até à vizinha Mêda.
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Matriz de Mêda |
Mêda é uma cidade portuguesa, com cerca de 2 100 habitantes, pertencente ao Distrito da Guarda, região Centro e sub-região da Beira Interior Norte.
É sede de um município com 5 202 habitantes (2011), subdividido em 11 freguesias. O município é limitado a norte e nordeste por Vila Nova de Foz Côa, a sudeste por Pinhel, a sul por Trancoso e a oeste por Penedono.
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Torre do relógio (dos relógios), ambos avariados |
O município de Mêda fazia parte da antiga região Beira Alta, actualmente faz parte da Região Centro de Portugal.
O município caracteriza-se por se localizar numa zona de transição entre as regiões naturais do Alto Douro e do Planalto Beirão.
Sobre a história das Terras de Mêda
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Vista parcial do alto da torre do relógio |
Pinturas rupestres e outros achados mostram que a região terá sido povoada a partir de finais do Paleolítico, havendo vestígios dolménicos em Aveloso, Longroiva, Prova e Ranhados, sendo o documento pré-histórico mais importante a estátua-menir de Longroiva, confirmando a ancestralidade das Terras de Mêda. Dos povos da época castreja que viveram nas imediações desta vila salientam-se os Aravos, na zona de Marialva, os Longobritas, em Longroiva, e os Meidubrigenses, na Meda.

Os Romanos foram aqueles que mais exerceram aqui o fenómeno de aculturação. As calçadas, as pontes, as placas tumulares, os marcos milenários, as moedas, as aras votivas, as villae e os vicus e as civitas por eles construídas testemunham bem o seu esforço de nos romanizar, testemunhos da ligação com Roma, especialmente nas épocas dos césares Trajano e Hadriano. Seguiram-se os povos «Bárbaros», os Suevos e Visigodos. Os Árabes, também aqui se fixaram até 1065, data em que Fernando Magno, Rei de Leão e Castela, conquistou a região. A actual vila de Mêda desenvolveu-se com a reconquista cristã do território e o estabelecimento, nos começos do séc. XII, de um eremitério beneditino situado no local da igreja Matriz, perto do Morro do Castelo.


Durante a Idade Média, a Meda era um povoado de dimensão reduzida, contrastando com as vilas vizinhas que hoje integram este concelho: Marialva, Ranhados, Longroiva e Casteição. Esta vila era um cenóbio beneditino, situado no sopé de um morro granítico que assinalava a presença cristã e o direito ao celeiro. Na reconquista cristã das Terras de Mêda, protagonizada por Fernando Magno em 1063, foram preciosos auxiliares os castelos do concelho da Mêda. Os pelourinhos e forais velhos e quinhentistas simbolizam a autonomia municipal e testemunham as alterações administrativas, o rei D. Manuel I outorgou o foral à vila de Mêda em 1519.

O concelho na sua actual configuração tem cerca de 154 anos, foi reconstruído após a reforma do liberalismo. A criação do município é, assim, anterior ao séc. XVI. Constituído inicialmente por uma única freguesia, o concelho foi beneficiado por decretos sucessivos que nele integraram as freguesias actuais, sendo as mais populosas Mêda, Barreira, Rabaçal, Marialva, Coriscada e Aveloso. Todavia, já em 1872, Meda apresentava-se como cabeça de Câmara, com efeitos administrativos, fiscais, judiciais e eclesiásticos, e a sua posição sai reforçada com a decisão judicial de Barjona de Freitas.
Actualmente, o feriado municipal da Mêda ocorre em 11 de Novembro (dia de S. Martinho) desde 1974, tendo em atenção a importância de que se reveste a vinicultura para todo o concelho.
Geografia
Localização e Situação Geográfica
O Concelho inclui parte do Parque Arqueológico do Vale do Côa.
Mêda fica em Terras de Riba-Côa e dista cerca de 20 km de Pinhel, Vila Nova de Foz Côa e Trancoso, 16 km de Penedono, 55 km da Guarda, 80 km de Viseu, 170 km do Porto e 360 km de Lisboa .
O Concelho é delimitado pelo Concelho de Vila Nova de Foz Côa ao Norte, a nascente ainda Vila Nova de Foz Côa e o de Pinhel, a Oeste, o Concelho de Penedono e a Sul o Concelho de Trancoso.

Mesmo se já havia visitado Mêda, será a primeira vez que resolvemos pernoitar no recente e bem equipado Parque de Campismo Municipal.
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zona de lazer do Camping de Mêda |
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A Emília e Artur tiram partido do espaço |
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Instalações e infraestruturas perfeitas. |
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Chegou mais uma AC... 3 no total! |
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Não faltam apoios para uns grelhados |
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A piscina... encerrou há dias... Incluída no preço do Camping |
Dia 7 de viagem - 25set15 - 6ª. feira
MÊDA - MARIALVA - Freixo Numão - S. João da Pesqueira - PESO DA RÉGUA
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Foi-nos dito que poderíamos 'lavar' a AC... Assim o fizemos! |
Ainda pensamos sair da parte da manhã. Acontece que haveríamos de fruir o espaço e partir após o almoço.
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Vários Pontos de luz |
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Vários estendais de roupa... |
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Vários pontos de descarga da K7 |
Despedimo-nos de Mêda e percorremos a meia dúzia de Kms até à vizinha MARIALVA.
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Pelourinho de marialva |
Chegada à Aldeia Histórica de Marialva
Marialva é uma das 12 Aldeias das Histórias de Portugal e situa-se a poucos minutos da cidade de Mêda. Esta aldeia, uma das relíquias vivas da nossa ancestralidade, transporta-nos às raízes mais profundas da nossa história.
Povoada pelos Aravos, povo lusitano, foi posteriormente conquistada pelos romanos, a que se seguiram os árabes, até à vitória final de D. Fernando Magno, em 1063. Em 1179 recebe a carta de foral de D. Afonso Henriques, tendo mantido uma actividade intensa- graças às feiras que aí se realizavam - até finais do séc. XVIII. No ano de 1200 o castelo é mandado reconstruir e restaurar por D. Sancho I tendo sido posteriormente ampliado por ordem do rei D. Dinis.

Ao entrar em Marialva, fica-nos a sensação que entramos num cenário histórico, as ruas, ladeadas por edifícios resistentes ao tempo, conduzem-nos à cidadela cercada pelas muralhada em cujas ruínas perdemos a noção do tempo. No interior das muralhas, destacam-se a Praça, solenemente assinalada pelo Pelourinho e pelo edifício da antiga Casa da Câmara, também tribunal e cadeia (séc. XVII); alguns metros mais à frente a torre de menagem e a Igreja de Santiago com o seu magnífico tecto pintado e a Capela da Misericórdia, apreciada pelo retábulo em talha, são verdadeiros tesouros construídos dentro do recinto muralhado.
A população que habita nas edificações fora das muralhas tem no rosto o olhar hospitaleiro das gentes beirãs, rubricados pela autenticidade das rugas do rosto. Marialva é uma das dezasseis aldeias e freguesias do concelho de Mêda cujos vestígios monumentais guardam a memória de um passado histórico muito importante.
Marialva é sem dúvida um local a não perder e que recomendamos conhecer. Visitar Marialva é percorrer as nossas origens mais profundas, é sentir o tempo parar à nossa volta, e sentir saudade ainda antes de partir.
Um registo negativo.
Ao questionarmos no edifício do Turismo (à entrada do castelo), se ainda não se podia visitar o interior da capela, a resposta foi negativa.
Já em visita anterior tal informação me havia sido dada.
Pelo que sabemos, trata-se de 'guerrinha' entre a Autarquia e a Diocese... o Estado financia os restauros da capela, mas os senhores abades fecham-na a sete chaves.
Lamentável.
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Uma das igrejas da terra |
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Turismo de Habitação |
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Várias casas transformadas em pequenos hotéis |
Prosseguir viagem com passagem à ilharga de Freixo de Numão até São João da Pesqueira onde não paramos.
Optamos antes por pequenas paragens ao longo das magníficas em direção à Régua.
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estrada sobranceira ao Rio Douro |
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Com os apoios Comunitários, novas vinhas surgem nas encostas |
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Sinto-me sempre siderado com tanta beleza |
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Uma imagem magífica do Pinhão lá ao fundo |
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Vinhedos mil |
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Pinhão ao fundo |
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A caminho do Peso da Régua |
Repetimos uma vez mais a visita ao Peso da Régua.
Pernoitamos na 'extensão' da AS para AC que mesmo em fase de conclusão nos fez confusão não entender a 'anormal' inclinação da mesma...
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Todos os cuidados são poucos, para não colidir à frente... ou 'raspar' no piso na retaguarda... Não se pode ter tudo? Que pêna. |
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Lotação esgotada |
Mais um dia que termina com bom tempo mesmo se as temperaturas a cair.
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O 'Ocaso' |
Dia 8 de viagem - 26set15 - sábado
PESO DA RÉGUA - Taipas - BRAGA - Vila Verde - VILA DO CONDE
A meteorologia convidaria a continuar a explorar a zona.
Haveria de regressar para trazer a companhia de outras viagens o que me levou a passar em Vila Verde e daí prosseguir até ao mar.
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Pela manhã, uma Régua calma e serena |
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O movimento notado é no Rio |
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Os turistas dão vida à terra |
Feitas as despedidas ao Douro, o regresso.
Passagem na Vila das Taipas para conhecer a recente AS para AC no Intermarché.
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AS para AC na Vila das Taipas ( Intermaché ) |
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Uma adaptação positiva |
A cerca de 20 km do mar, um forte névoa acizentou os céus. Nem dava para acreditar.
Dia 9 de viagem - 27set15 - domingo
VILA DO CONDE - BRAGA
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