Do património artístico do concelho de Valpaços não deixe de conhecer a Igreja Matriz de Santa Valha do século XVII, com tábuas setecentistas alfaias religiosas de grande valor, as pontes medievais de Vale de Casas e Saltelhas e a ponte romana de Arquinho sobre o rio Rabaçal.
A pesca à truta e a caça
Tanto o rio Rabaçal como o rio Torto são admiráveis viveiros de trutas. Aliás, todo o vale do rio Rabaçal é um verdadeiro fascínio e ninguém melhor que um pescador de trutas para conhecer as suas belezas. Entre as urzes caça-se a lebre. Nos campos de centeio a perdiz e a codorniz. E por todo o coelho.
Saída em direção a Bragança, pela opção mais sinuosa, pequena paragem para observar pequena localidade onde será fácil estacionar e pernoitar numa paisagem interessante - chama-se ARGERIZ.
 |
Argeriz |
 |
Espaço e boas vistas - bom para pernoitas - sossego paisagem deslumbrante |
De novo estrada fora, bom piso, muitas curvas e sobe e desce.
Chegada à etape já visitada mais de uma vez em tempos que já lá vão: Torre de Dana Chama.
 |
Pelourinho de Dona Chama |
Torre Dona Chama
Lenda de Torre D. Chama
Chamona se chamava a senhora, dona da Torre Moura, de rosto formosíssimo e pés de cabra. Por causa do seu defeito — os pés de cabra — nunca saía dos seus aposentos e pelas friestas só mostrava o seu rosto, de peregrina beleza e uma das mãos, onde brilhava um anel, símbolo do seu poderio. Sensual e lúbrica, chamava a audiências vários homens, nenhum saindo, com vida, fora das muralhas.
Um dia, um cortesão, chamado a audiência, consegue embalar e entreter a senhora, de tal forma que ela adormece. O cortesão, vendo a senhora a dormir tão profundamente e aterrorizado pelos pés de cabra que via, rouba-lhe o anel e desce a Torre Moura. Não o querem deixar passar os homens de armas, mas ele mostra-lhes o anel da senhora e, perante esse símbolo, todos obedecem. O homem sai. Quando descia a encosta do monte, a dona da Torre começa a chamá-lo, mas ele finge, seguindo sempre, que não ouve. Porém, em baixo, os homens de armas gritam-lhe: «a dona chama!» Responde ele: «Chama, Chamona Pernas de Cabra, Cara de Dona» e assim se formou a Dona Chama...
O que é certo, porém, é que Torre de D. Chama foi uma terra fortificada, da qual foram senhores a família Vaz Guedes, senhores também de Murça e Águas Revez.
Essas fortificações atribuídas aos mouros, pela tradição, foram tomadas a estes pelos cristãos, em duro e fero combate, sendo esta tradição corrente, ainda hoje e simbolizada por actos guerreiros entre dois grupos: um de cristãos e outros de mouros, no dia 26 de Dezembro de cada ano.
Torre de Dona Chama é uma vila e uma freguesia portuguesa do concelho de Mirandela, com 1105 habitantes (2011).
Torre de Dona Chama foi vila e sede de concelho entre 1287 e 1855.
Voltou a obter a categoria de vila em 1989, em Lei aprovada na Assembleia da República a 30 de Junho.
Património
Ponte de pedra sobre o Tuela (MN);Ponte de pedra sobre o rio Tuela (MN), classificada como Monumento Nacional. Também denominada Ponte Românica sobre o rio Tuela ou Ponte de Torre de Dona Chama.
Torre de Dona Chama (torre) ou Castro de São Brás classificados como IPP (Imóvel de Interesse Público)
Igreja de Guide (IPP), ou Igreja de São Mamede
Pelourinho de Torre de Dona Chama (IPP)
Capela e Cruzeiro do Senhor dos Aflitos
Escola Primária de Torre de Dona Chama
Igreja Paroquial de Torre de Dona Chama ou Igreja de Santa Maria ou Igreja de Nossa Senhora da Encarnação
Actividade Económica
A freguesia de Torre de Dona Chama tem vastos recursos e os seus habitantes não se dedicam só à agricultura, embora esta seja a actividade preponderante, a pecuária, o comércio, o ensino e outros serviços têm prosperado na localidade.
Produz abundantemente azeite, vinho, frutas diversas e cereais.
A mecanização já vai sendo uma realidade, a par de muito tradicionalismo, onde não faltam os muares e as carroças, os arados, charruas, enxadas e por aí fora. Na pecuária há explorações de gado bovino, ovino, caprino e suíno. Industrialmente também já tem algum peso. Fábricas de moagem de farinhas, de pastelaria fina, padarias com fornos de cozer o pão, extracção de azeite, blocos e vigas de cimento, pré-esforçados, areias, gravilha e brita, cerâmica, transformação e tratamento de mármores e granitos. Como também a adega, oficinas de alumínios, ferragens, serrações, carpintarias mecânicas e unidades agro pecuárias. Tem estações de serviços e reparação de automóveis, farmácia, barbearias, relojoarias, alfaiatarias, cafés, restaurantes, bares, armazéns e retalhistas diversos, supermercados, talhos, peixaria, fazendaria, mercearias e miudezas, pronto a vestir, perfumaria, sapatarias com conserto rápido, electrodomésticos, móveis, construção civil, alcatifas e artigos de decoração.
Produtos regionais protegidos
Pertencendo ao concelho de Mirandela, Torre de Dona Chama faz parte da área geográfica de alguns produtos com Denominação de Origem Protegida (DOP) ou Indicação Geográfica Protegida (IGP) como:
Queijo de cabra transmontano (DOP)
Carne de porco Bísaro Transmontano (DOP)7 8
Alheira de Vinhais (IGP)7
Alheira de Mirandela (IG)8
E por fim, a chegada a Bragança.
 |
Uma área de serviço para autocaravanas bastante visitada e a 1,2 km do centro citadino |
Sem comentários:
Enviar um comentário