Dia 13.OUT.12 - Sábado
Serra da Peneda
Com as medidas de penúria que nos estão a atingir fortemente, teremos forçosamente de nos virar para prazeres que ainda vamos tendo, o ciclismo e o pedestrianismo.
Acontece que com a adesão massiva a que a população está a aderir a estas atividades, não me surpreenderá, que a breve trecho não venham a ser taxadas...
Tirem-nos tudo! Não nos tirem a Natureza que aqui pertinho abunda.
Assim sendo, voltei a aderir a mais uma caminhada, uma vez mais no Parque Nacional da Peneda-Gerês, área protegida, com a designação de Parque Nacional (única em Portugal), criada em 1971 e considerada pela UNESCO como Reserva Mundial da Biosfera, isto é, um ecossistema terrestre onde se procura conciliar a conservação da biodiversidade com o seu uso sustentável (existe população a residir no Parque), bem como proporcionar momentos e meios de estudo - pesquisas científicas.
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entre o Soajo e a Peneda |
A Peneda, é um local remoto nos confins da serra com o mesmo nome, mesmo a viagem de automóvel a partir do Soajo exerce sobre nós um fascínio incomensurável.
A igreja da Peneda é um dos locais de culto mariano mais importante do Alto Minho, atraindo inúmeros fieis, mas também por se encontrar num dos locais mais bonitos de Portugal, fazendo com que ali convirjam muitos amantes da natureza e de desportos radicais.
Este percurso (em círculo) que efetuamos hoje, já o fiz mais de uma vez, por todo o lado surgem enormes maciços graníticos, tendo iniciado a subida ao pé do santuário, deparamo-nos com um que destaco a Fraga da Meadinha, cuja face virada a nascente, é uma autêntica parede que se ergue magestosa até aos 986 mts., o que fará as delícias dos escaladores já que está referenciada nos roteiros internacionais da modalidade.
Trepamos pelo carreiro granítico que serpenteia a encosta, carreiro este que era utilizado pelos peregrinos que rumavam ao santuário vindos de S. Bento do Cando e outras povoações de Arcos de Valdevez, sem dúvida, um trilho que não engana com o seu declive notável sendo que nos primeiros e km passamos da cota de 679 mts para os 1.010 mts.
Um fato digno de registo é o de ver que as objetivas das máquinas fotográficas se deliciavam com o que a beleza do local mostrava.
Finalmente chegamos à represa que num passado recente era utilizada para a produção de energia que alimentava a povoação da Peneda. Um local imensamente belo pois a represa mesmo em fase de abandono (jorrava água por várias brechas), pois encheu com as últimas chuvas.
Mesmo sabendo que parte do nosso percurso estava a coincidir com trilho homologado, não avistamos qualquer tipo de sinalética apropriada. Valeu a experiência dos nossos ''experts'' e a orientação estar facilitada com o dia soalheiro.
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a Fraga da Meadinha, |
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No lugar de Chã do Monte, o ''pântano'', como lhe chamam os nativos |
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Na lagoa do ''pântano'' a vista panorâmica é deslumbrante |
A encosta desta foto não mostra o grau de dificuldade da descida... iniciamos a mesma na parte sombreada lá no alto e fomos descendo por sobre e entre as fragas... tudo serviu para chegar a bom porto... as duas pernas, os braços e... o ''rabiote'' para não escorregar nas íngremes lajes... nunca havia feito descida tão dura... ufa... desta já nos livramos.
Resumindo:
Um dia repleto de felicidade, mesmo se no dia seguinte as pernas se ressentirão.
Saída de Braga às 7h. da manhã.
Início da subida na Peneda às 9 h. com chegada às 16h.. - 7 horas.
Distância: 15 km - dificuldade média-alta,
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