Com o bom tempo a iluminar o dia, fui de novo ao encontro do Oceano.
A caminhada ao longo dos passadiços de praia com um arzinho de futebol 'regional' onde o árbitro é quase sempre brindado com nomes que não terá é um dos meus espetáculos divertidos e apetecíveis.
A noite avizinha-se calma e retemperante.
Percorridos: 415 Kms ( Dia 87 Kms )
A clientela palra em voz alta, sobretudo as mulheres com mexeriquices de vizinhança que até me apetece entrar na tagarelice... coisa que não me coibo e como num dos casos em que uma delas falava alto e bom som em tom agressivo para a Amiga para lhe explicar que ''lhe mostrou'' a sua douta opinião empregando calão do pior que existe...

Gosto destes momentos até à exaustão.
Após o almoço, encaro o regresso como uma espécie de 'vírus', voltar a fazer o percurso idêntico ao da vinda para visitar pessoa idosa no Lar do Feixo e deixar a minha companheira em casa para amanhã ir até ao trabalho.
Ficar em casa, nã... mudar de ares é o que me apetece e o apetite tem em mim muita força.
Já na ponte da Arrábida - Porto |
Cais da Afurada (V.N. Gaia) |
Em final de dia e passando por mais um incêndio que acizentava com o seu denso fumo os céus limpos me entristecia de novo.
Rumei ao 'bairro'' de faz 8 dias o Porto pesqueiro da Afurada onde acostei e dormi.
Percorridos: 552 Kms ( Dia 137 Kms )
Veremos como será a noite.
À cautela já vesti a gabardine à bicicleta!
Percorridos: 636 Kms ( Dia 84 Kms )
Costa Nova |
Sé de Aveiro |
Tantas vezes que visitei Aveiro e nunca lá tinha entrado.
Apenas abre os pavilhões às 16h. pelo que se decidiu confeccionar a refeição a bordo e ficar por ali.
Visitamos a Feira onde predominavam os automóveis e caloríferos, nada de especialmente interessante.
No final da tarde, avançamos até Estarreja onde na ASA os 'residentes' eram muitos tornando o espaço pouco apetecível levando-nos a optar por fazer mais alguns Kms até ao sempre apetecível Cais do Bico.
As anunciadas quedas de temperatura começaram a fazer-se sentir.
No Restaurante.''O Moliceiro'' ainda ensaiamos reservar a refeição de enguias para o dia seguinte mas tal não foi viável já que teríamos de ter 'reservado' com 3 dias de antecedência ou então aguardar para sábado.
Percorridos: 682 Kms ( Dia 34 Kms )
O frio arrefeceu a vontade de viajar. Seguimos para a Torreira. Do lado do mar a areia invadia todas as vias que ladeiam a praia pelo que optamos pela ida para a Ria, junto ao porto de pesca.
Torreira - porto de pesca |
A chuva entretanto estreou-se e os meus Amigos decidiram rumar a casa. Não foi o meu caso que me fiquei por ali pois o aquecimento do habitáculo me daria o conforto de volta.
Percorridos: 700 Kms ( Dia 18 kms )
O aquecimento teve de novo serventia.
Percorridos: 822 Kms ( Dia 122 Kms )
Com o tempo ora chove, ora faz sol, a voltinha caseira habitual.
A pernoita no sítio próximo sempre agradável.
Largo do Freixo - Ponte de Lima |
Ponte de Lima
Ao ver a ementa num dos restaurantes de Ponte de Lima, não sendo apreciador, mesmo assim a curiosidade levou-me a questionar se tinham 'lampreia'. Que sim... havia pouca e tal e as autoridades estavam a ser rigorosas no controlo da sua captura... Uma dose/pessoa por tal motivo, ficava por € 45,00!
A feirinha de Ponte de Lima |
Av. Liberdade em Braga à chegada com chuva |
Há que acalmar os ânimos por uns dias.
Percorridos: 938 Kms ( Dia 52 Kms )
Estando por cá, entro numa rotina de fim de semana em torno da cidade sobretudo nas zonas costeiras já que o mar me seduz e é lá que encontro uma certa Paz de Alma que me repõe baterias.
Desta vez, servirá também para a visita à Médica de Família para a informar que 'rebeldemente' estou a testar medicamento natural à base de arroz vermelho para evitar ingerir as sempre receitadas 'estatinas' que sempre tenho rejeitado por saber dos maléficos efeitos colaterais.
Velhos Tempos Taberna |
Não tendo vivenciado tais acontecimentos por estar à época no Serviço Militar em Tavira, congratulei-me com a irreverência libertária dos estudantes da época.
O meu Amigo, Cidadão José Dias, sempre na linha da frente foi dando nota da 'nossa' insubmissão à ditadura.
Mesmo que agora, os 50 nos pareçam longínquos, vimos pela assembleia presente ( uma centena), como a cumplicidade está viva e a partilha continua.
Cantemos sempre a "trova do vento que passa", para que o País seja teu e meu e de todos os que lutam por um mundo melhor, com dignidade e livre da exploração!
Sempre disponível para me juntar ao movimento de ideias, à prática de discussão política e ao gosto pelo debate, sendo estas as bases da Cidadania plena.
Uma passagem por este Lar Casa de Magalhãesaprende-se sempre como encarar a velhice. De quando em vez, passo por aqui, numa de voluntariado solidário. |
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Aver-o-Mar |
4 pargos + 2 linguadinhos |
As raias... |
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