Crónica de Autocaravanista Itinerante - 19fev2019 - Fuga à Rotina -
Dia 11 de viagem. - FREIXO DE ESPADA à CINTA.
Fiquei mais um dia. O de ontem não contou ainda para mais os edifícios visitáveis por ser 2ª. feira estavam encerrados. Céu cinzento e chuva não é a minha praia. Hoje o sol voltou e as visitas foram o prato do dia.
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Manuel Maria Sarmento Rodrigues homem ilustre da terra. Foi almirante da Marinha de Guerra Portuguesa, administrador colonial e professor de grande nomeada |
Freixo de Espada à Cinta é uma vila portuguesa, pertencente ao Distrito de Bragança, Região Norte e sub-região do Douro, com 2 188 habitantes. É sede de município com 3 780 habitantes.
No primeiro ponto de visita, o jovem funcionário acompanhou-me aos outros polos visitáveis inclusivé ao cimo da Torre do Galo.
Museu Regional Casa Junqueiro - Nascido na terra no século em que os poetas "tinham ressonância no espaço público", a voz de Guerra Junqueiro foi de resistência à monarquia e mobilizadora dos ideais republicanos. Apelidado de Victor Hugo português, as suas composições poéticas, fossem sátiras ou líricas, recolheram o louvor nacional. Mas o poeta que era "leitura quase obrigatória em família", é hoje pouco conhecido e estudado.
Depois de um longo período no esquecimento nacional, o autor do livro “Os Simples” e “Oração à Luz”, volta a ser falado devido à iniciativa de Freixo de Espada à Cinta, a terra onde nasceu.
De cariz etnográfico e traço regional, as salas (6 no total) reflectem uma vivência social e económica própria de uma casa abastada da segunda metade do séc. XIX.
Igreja Matriz - É uma igreja salão de arquitetura manuelina. - e o Castelo - com a sua Torre Heptagonal, designada pelos habitantes como Torre de Galo.
Sendo a Seda o ex-libris da Vila de Freixo, uma visita ao seu Centro de Artesanato é obrigatória.É o único território em toda a Península Ibérica onde ainda se labora a seda de forma 100% artesanal.
Herdeiro do antigo Museu do Território e da Memória, então localizado na antiga Casa da Cadeia, o actual Museu da Seda e do Território (inaugurado a 18 de Agosto de 2015) alberga todo o acervo etnográfico, arqueológico e geológico do antigo espaço museológico, a que se lhe junta um espólio, recente, associado à seda, imagem icónica do actual Museu, localizado no Largo do Outeiro, em pleno Centro Histórico.
Dessa forma, o Museu da Seda e do Território responde com esmero a essa tradição, ao dispor de uma sala de exposição e venda de peças concebidas em processo artesanal pelas artesãs que aí trabalham.
Para fim de tarde, a visita à Igreja do Convento de São Filipe Nery.
''Arquitectura religiosa, chã e barroca. Igreja conventual de uma só nave, do tipo salão que se poderá referenciar, exteriormente, ao estilo chão pela predominância dos volumes quadrangulares bem como pela sobriedade das linhas. Interiormente, reproduz o modelo da igreja de nave única do tipo igreja - salão com capelas laterais de profundidade reduzida e em que, na zona da cabeceira, os braços do transepto, não ultrapassem o perímetro das capelas laterais. Constitui uma obra inacabada, como se pode constatar pela existência dos arranques para a prossecução da construção ao nível da fachada.''
Gostaria de saber como se chamam os habitantes de Freixo de Espada à Cinta. Freixienses ou outra coisa qualquer?
Poderá ser: Freixiense, mas também acolhe Freixenista, Freixonista e Freixonita.
Por hoje, missão cumprida.
Crónica de Autocaravanista Itinerante - 20fev2019 - Fuga à Rotina -
Dia 12 de viagem. - FREIXO DE ESPADA à CINTA - - TORRE DE MONCORVO -
VILA FLOR - ALIJÓ -
No início da manhã ainda tentei satisfazer pedido de Amiga no sentido de lhe conseguir 'casulos' de bicho da seda... Inviável já que não vendem nem dão!
Meti-me à estrada sem antes proceder a ritual do qual não prescindo. Ligar o rádio para ouvir e até por vezes trautear músicas. desta vez quem me fez companhia em todo o percurso foi a Antena 3.
ASA de Torre de Moncorvo
Paragem na ASA para AC de Torre de Moncorvo que por distar um bocado do centro optei por estacionar a 50 mts da Praça Central. Visitei a já conhecida e majestosa 'Catedral'' e desta vez por € 1,00 o Museu do Ferro, paredes meias com a Catedral.
O Museu do Ferro & da Região de Moncorvo é uma instituição museológica e cultural destinada a promover o conhecimento e a divulgação do património arqueológico e industrial do território, dos povoados e das comunidades que se formaram nas cercanias da serra do Reboredo e do Vale da Vilariça, com particular destaque para as atividades relacionadas com a exploração do Ferro entretanto extinta.
Museu do Ferro em Torre de Moncorvo
Após o almoço apontei o azimute para Vila Flor muitas vezes por mim visitada (como toda esta região). No percurso apreciei a nova barragem do Baixo Sabor.
Amendoeiras em Flor à saída de Torre de Moncorvo na marge, do Rio Sabor
Vila Flor dizem ser a Capital do Azeite, no coração da Terra Quente Transmontana,
D. Dinis, Rei Poeta, aquando da sua passagem por este burgo, até então denominado por "Póvoa d´Álem Sabor", ficara encantado e rendido à beleza da paisagem e, em 1286, carinhosamente a re-baptizou de "Vila Flor".
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Porta D. Dinis |
Cerca de 1295, D. Dinis manda erguer, em seu redor, em jeito de proteção, uma cinta de muralhas com 5 portas ou arcos. Resta o Arco de D. Dinis, monumento de interesse público.
Rico em história, tradições, monumentos e gentes, o Concelho é também referência pela excelente qualidade dos seus produtos agrícolas que brotam do fértil Vale da Vilariça. No verão, este "burgo alpestre" é procurado por centenas de turistas oriundos de vários cantos do país e estrangeiros, pela riqueza verdejante do seu Parque de Campismo.
Entretanto chegado ao destino para hoje, avancei em direção da quintinha do Amigo Vitor Nascimento que tem sempre à minha espera produtos ''não animais'', como sejam o vinho branco e tinto, o moscatel, o do porto, etc etc...
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desconhecia que as roseiras davam 'fruto', cujas sementes servem para que outras nasçam |
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O Vitor Nascimento - meu fornecedor de produtos de origem nõ animal em Alijó |
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Vinho em modo de 'box' |
A noite, foi passada no Grande Largo de Alijó.
Percorridos: 835 Kms ( Dia 133 Kms )
Crónica de Autocaravanista Itinerante - 21fev2019 - Fuga à Rotina -
Dia 13 de viagem. - ALIJÓ - VILA REAL - MONDIM DE BASTO
Pela manhã, recebi a encomenda líquida do meu Amigo Vitor. Tinto, branco, moscatel e azeite virgem!
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Moscatel |
De Alijó passei por Vila Real onde apenas estacionei no Parque do Corgo para tratar do almoço. Junto provas fotográficas...
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Bom local para pernoita em Vila Real - próximo do Centro Comercial e das Residências Universitárias |
Subi o labirinto de curvas até para lá dos 1.000 metros pelo percurso mais curto, via Borbela, Relva em pleno Parque Natural do Alvão até Lamas de Olo, com Vila Real como pano de fundo com chegada a meio da tarde a Mondim de Basto.
Foi dia de feira, contudo à hora de chegada já poucos feirantes restavam.
Assentei arraiais e liguei a eletricidade à casinha partindo de seguida para pequeno percurso pedestre.
Percorridos: 922 Kms ( Dia 87 Kms )
Crónica de Autocaravanista Itinerante - 22fev2019 - Regresso à Rotina -
Dia 14. - MONDIM DE BASTO - FAFE - BRAGA
O amanhecer ocorreu às 6,30h matinais com galos e garnizés a apregoar o seu có, có, ró, có...
Há que avançar de novo até ao meu poiso fixo.
Logo à saída de Mondim, passado o rio Tâmega entro no Distrito e Braga. nem Celorico de Basto (que dizem ser a terra do Sr dos afetos) nem Gandarela de Basto (que me diz muito dos meus tempos de juventude) mereceram uma paragem.
Eu diria que : ''foi tiro e queda '' ao meio dia já estava em casa.
Percorridos:993,5 Kms - ( Dia 71 Kms )
2 semanas de inverno com apenas 1 dia de chuva!
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