El Caminito del Rey / Rest. Kiosko (Ardales) – Olvera – Torre Alháquime – SETENIL de Las Bodegas
O ‘Caminito del Rey ' tim tim por tim tim
Quando se tem uma ideia na cabeça, o cérebro funciona acelerado. Desde as 4 horas da manhã que era um acordar adormecer receoso de que o despertador não funcionasse.
Às 6 horas, um dos Artur’s bate-me à porta dizendo: ‘está na hora’.
Como se fôramos meninos.
Às 6,20h já estava a caminho com uma sandwich de pão e bife preparado antes de deitar e uma lata de cerveja ( coisa que ainda não me habituei a beber dela )…
Os meus Amigos já haviam partido, tal a ânsia de chegar a tempo.
Segui-lhes as peugadas que havíamos ensaiado de véspera.
Optamos pelo caminho um pouco mais acima do primeiro ( o 2º a contar do Restaurante El Kiosko ), em cujo início se nos depara um túnel quase a raspar na nuca e de pouca largura. Tem, sei lá, uns 200 metros e um pouco aterrador caso eventualmente surja um desmoronamento. A ideia de ir por aqui deve-se ao facto de o outro ao lado do Restaurante ter um túnel avantajado de apenas uns 50 metros mas, daí surgir um trilho de altos e baixos com curvas à esquerda e à direita de 2,7 Kms. Às 6,30h da manhã a noite é ainda escura como o breu e a lanterna do telemóvel é que ajuda à passagem.
Após os 2,5 Kms de estradão a descer, eis-nos chegados à ‘recepção’ do ‘caminito’ onde já estavam 3 pessoas! Ah… ainda faltam 2 horas para a abertura da cancela e bilheteira…
Entretanto, o dia dá sinal de si e as nuvens altas surgem ameaçadoras o que nos inquietou mas não demoveu pois não havíamos levado nem capas nem ‘pára-águas’ como dizem ‘nuestros hermanos’.
Começa a chegar gente meia hora depois e a ‘cola/fila’ já somava uma centena de pessoas sem ‘reserva’.
Estávamos ‘safos’, quando após as nove horas matinais e já com 2ª. fila dos que tinham ‘reserva’, a funcionária nos diz que os 60 primeiros poderiam ter acesso ao bilhete!
Ui… Ui… pagos os € 10,00 de ingresso, de touca e capacete na cabeça, lá metemos pés ao caminho animados com o desaparecimento das nuvens.
Todo o percurso ‘suspenso’ está monitorado com câmaras de vídeo e de tempos a tempos um funcionário do ‘staff’ observa os passantes.
A parte suspensa é de facto espectacular o que leva a pensar que foi um trabalho de génios (Em 2000, 0 Governo resolveu fechar o caminho após a morte de três escaladores que faziam a travessia colocando um portão de ferro no início do caminho. Não é preciso dizer que isso não impediu impedir ninguém de tentar a travessia e após alguns outros acidentes, o Governo resolveu demolir os 10 metros iniciais do caminho, obrigando a quem quiser fazê-lo, a dar uma pequena volta por uma montanha e descer de rapel até o inicio. Vale lembrar que hoje a travessia do Caminito del Rey é expressamente proibida, sob multa de 6000 euros para o infrator.) que há cerca de 3 anos (2015) reabilitaram o traçado antigo por estar muito degradado e se tornar muito perigoso. O percurso foi por esse motivo encerrado em 2.000!
Antes de fazermos o percurso e vendo fotos um tanto ou quanto assustadoras, ainda imaginamos poder ser acometidos por algum ataque de ‘vertígens’, mas não. Tudo está ‘montado’ de forma a incutir segurança a quem faz os percursos o que é conseguido. Não é por acaso que permitem o acesso a crianças a partir dos 8 anos! Antes desta reabilitação, o perigo era enorme - pode ver-se AQUI
Os primeiros mil metros são suspensos e outros tantos na parte final.
Ao todo, estimei uns 6 Kms (sem contar com o percurso de acesso de 2,5 Kms) e no final? Um autocarro leva-nos por € 1,55 da estação de comboios de El Chorro até ao Restaurante ‘’El Kiosko’’ local ideal para a partida onde estacionar apenas consegue quem chegue pela manhã.
Situação geográfica
O Los Gaitanes está localizado na parte ocidental Desfiladero por Ardales da Cordilheira Bética e, como um todo, o barril tem, em certos sectores, paredes de mais de 300 metros de altura e com larguras menores de 10 metros. É basicamente escavado em calcários e dolostones do Jurássico, existindo também na área afloramentos rochosos do Mioceno. O aspecto morfológico mais espetacular é a estratificação vertical dos calcários que o rio perfurou e que oferece um corte.
Na área de Los Gaitanes há vinte cavidades, algumas das quais pendiam várias dezenas de metros acima do rio, e cuja evolução tem sido afetada pelo invólucro rio Guadalhorce, que tem vindo a aprofundar o desfiladeiro em etapas sucessivas.
Entre as várias unidades presentes são uma formação de conglomerados e calcarenitas, sedimentos Mioceno têm belas estruturas sedimentares, alguns restos fósseis de baleias e formações arenitos tipo "taffoni" e que consiste em promontórios arredondadas de arenito em que a erosão escavou uma caverna ou abrigo.
CONSTRUÇÃO
A história de El Caminito del Rey é um caminho aéreo construído nas paredes do Desfiladero de los Gaitanes. É um caminho ligado ao desfiladeiro mencionado com um comprimento de 3 quilómetros que tem longos trechos e uma largura de apenas 1 metro. Começa no município de Ardales, atravessa a Antequera, e conclui em El Chorro (Álora).
Esta estrada está pendurada nas paredes verticais do desfiladeiro e a uma distância média de 100 metros acima do rio.
Esta trilha foi construída porque a Hidroeléctrica del Chorro Company, que possui o Salto del Gaitanejo e Salto del Chorro, precisavam de acesso entre as duas "Cachoeiras" para facilitar tanto a passagem de trabalhadores de manutenção como o transporte de materiais e monitoramento dos mesmos.
O trabalho começou em 1901 e concluiu-se em 1905. A estrada começou perto da estação ferroviária e visitou o Los Gaitanes, comunicar e facilitar a passagem entre os dois lados. Para inaugurar esta grande obra, o rei Afonso XIII mudou-se em 1921 para o local na barragem do Guadalhorce, atravessando a estrada anteriormente construída. Foi a partir deste momento em que as pessoas começaram a chamar aquela estrada "Caminito del Rey", o nome que permanece até hoje.
Uma das partes mais conhecidas do Caminito é a passarela no Desfiladero de los Gaitanes. Este cantilever é perfeitamente visível da via férrea e qualquer um que o contempla é admirado pela sua construção arriscada e as paisagens pitorescas que podem ser vislumbradas a partir daí. A partir da estrada entre El Chorro Álora e na entrada do desfiladeiro, você pode ver uma pequena ponte pitoresca ligando a passarela que corre ao longo de ambas as paredes. Da ponte segue o caminho pedonal instalado na rocha vertical que termina na linha férrea de Córdoba a Málaga.
Deterioração e fecho
A passagem do tempo, o abandono e a falta de manutenção levaram esta importante e singular obra a deteriorar-se de tal maneira que se tornou quase impraticável. Na verdade, em quase todo o caminho, podemos ver que faltam grades e risco o Hayel sobre as áreas do pavimento foram destruídas e parte desapareceu, deixando à vista apenas a base de feixe.
Na verdade, o seu perigo e sendo uma das mais importantes áreas de escalada na Europa têm contribuído para aumentar a sua fama, o que tem causado inúmeros caminhantes levaram a El Chorro motivado para ir ao Caminito. Isso levou a inúmeros acidentes (alguns fatais) ao longo dos anos e aumentou a sua lenda negra.
Em 1999 e 2000, houve vários acidentes fatais que mataram quatro caminhantes, assim que a Junta de Andalucía, para evitar novos acidentes decidiu fechar as entradas para a estrada, demolindo sua seção inicial para impedir a passagem dos visitantes.
Restauração e reabertura
Em fevereiro de 2014, a Diputación de Málaga iniciou o processo de adjudicação dos trabalhos completos de restauração. No final de março de 2015 o Caminito foi reaberto ao público.
Conseguido o objectivo previamente delineado com sucesso, decidimos abalar para 3 dos ‘’Pueblos Blancos’ que ainda não conhecíamos.
OLVERA
Uma das cidades pertencentes aos Pueblos Blancos muito interessante.
Lá no alto a enorme igreja ao lado do castelo.
Não tendo visitado a igreja por estar fechada, optei por subir ao miradouro fronteiro de onde observei a cidade e arredores. Lindo.
SETENIL de Las Bodegas
Uma das terras que ansiava visitar de tão badalada, criou-me expectativas desproporcionadas pois imaginava a parte do casario ‘sem telhado’ de maior dimensão.
Foi contudo uma boa experiência a visita efectuada.
Gps:
Percorridos: 2.682 Kms ( dia 81 Kms )
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