Dia 4 – 2agosto2016 – 3ª. feira
GUARDA – CELORICO DA BEIRA
Ao amanhecer, caminhamos ao longo do Parque Pólis contíguo à AS para AC.
Local agradável onde com sorte se pode avistar no lago o sobe e desce de uma ou mais lontras.
A ideia desta visita à Guarda estava enquadrada na passagem da Volta a Portugal em bicicleta. Falhamos na previsão da passagem pois não contávamos que hoje seria o dia de descanso.
Com o calor a prometer infernizar-nos a vida, optamos por ‘descer’ o troço do IP5 até Celorico da Beira.
Sendo os primeiros a chegar, estacionamos na AS com acesso direto a eletricidade e água. Custo grátis.
Avançamos entretanto para a visita à pequena localidade.
Alguém me saberá explicar para que serve esta caixa de saneamento super alta?
É sede de um município com 247,22 km² de área e 7 693 habitantes (2011), subdividido em 16 freguesias. O município é limitado a norte pelo município de Trancoso, a nordeste por Pinhel, a sueste pela Guarda, a sudoeste por Gouveia e a oeste por Fornos de Algodres.
A vila está localizada a 23 km da Guarda, 48 km de Viseu e 334 km de Lisboa. É também o concelho mais a norte da Serra da Estrela e, pela quantidade e qualidade de Queijo da Serra da Estrela (inigualável a qualquer outra localidade do país), é considerado Capital do Queijo Serra da Estrela.
Com o regresso dos incêndios, constatamos que este que se avista ao fundo, haveria de progredir de tal forma que ao fim de meia hora já se avistavam 4 meios aéreos…




Existem historiadores que acreditam na fundação de Celorico da Beira 2000 anos A.C. por Brigo. Também os Romanos, Godos e Árabes terão passado pelas terras do concelho. A presença romana é atestada pela existência de troços de calçada romana. O recinto do Castelo mostra evidências da importância estratégica da localidade na defesa contra os ataques de Castela. De resto, os castelos de Linhares da Beira e de Celorico assumiram um relevo particular em toda a estratégia defensiva do território da beira. Foi D. Afonso I que atribuiu o primeiro foral tendo sido confirmado por D. Afonso II em 1217. A categoria de vila e o foral novo foram assinados por D. Manuel I em 1512.








Lenda da Truta
A história de Celorico da Beira está vincada nos diversos cercos de que foi alvo. O mais famoso dos quais ocorreu em 1245 por D. Afonso III atribuindo-se ao alcaide-mor de então, Fernão Rodrigues Pacheco, a célebre Lenda da Truta. Durante o cerco, quando tudo parecia perdido, eis que surgiu nos céus, sobre o castelo, uma águia com uma truta nas garras. A ave deixou cair o peixe dentro das muralhas facto esse aproveitado por Fernão Pacheco. Em vez da truta ter sido cozinhada e distribuída pelos habitantes cercados, este mandou confeccioná-la para ser oferecida ao Bolonhês… Com este sinal de “abundância”, Afonso III resignou ao cerco
Aproveitei o wifi generosamente furtado de casa vizinha para solicitar aos SMAS da Guarda o desentupimento da área de descargas da AS.
Percorridos: 341 Km’s – Consumo médio: 9,8 lts/100.
Dia 5 – 3agosto2016 – 4ª. feira
CELORICO DA BEIRA – GUARDA
Na véspera já a noite caía, em conversa com estes dois jovens autocaravanistas Franceses que se faziam acompanhar das companheiras e de 2 filhos menores cada um, fico envergonhado com o que me contam:
Chegaram ontem e foram recebidos em Vilar Formoso com flores oferecidas na fronteira, gesto que os enterneceu e os deixou felizes por decidirem vir a Portugal.
Avançaram pela A25 e poucos kms volvidos, eis que são mandados parar num desvio da AE. A GNR pergunta-lhes se levam armas, droga ou spray de gas pimenta… um dos filhos salta do assento e mostra aos guardas uma pequena embalagem de gas pimenta ( em França dizem-me que é permitido e muitos autocaravanistas o possuem…).
Foi-lhes apreendido o gas e entraram na autocaravana sem mais…
Na cozinha da AC questionaram os visitantes por possuírem pequenas facas (?)… surrealistas ou não… aconselharam-nos a vir aqui para a AS de Celorico pois teriam de se apresentar ao Juíz às 10h. da manhã.
Como é compreensível estavam inconsoláveis… dei-lhes o meu nr. de telemóvel caso viessem a ter problemas já que regressaria da Guarda para os tentar ajudar.
Aconselhei a que se fizessem acompanhar perante o Juíz acompanhados dos filhos menores para o demoverem a aplicar qualquer ‘pena’ já que estavam inocentes e o excesso de zelo dos GNR não fazia sentido.
Desconheço o que lhes terá acontecido! Lamentável esta cena.
Regressamos à Guarda para assistir à chegada da Volta a Portugal em bicicleta.
Decidimos estacionar a cerca de 1,5Km da Meta numa sombra espectacular.
Instantes após o gradeamento foi instalado de forma a que o trânsito seria cortado e as nossas casas ficariam a dar-nos apoio muito próximo da Meta.
Após o almoço lá subimos os íngremes 1.500 mts tendo assistido à passagem dos ciclistas a escassos 225 mts do final da prova.
Logo que a ‘festa’ terminou, haveríamos de regressar ao Parque Pólis onde constatamos que os Serviços do SMAS já haviam procedido à desobstrução do local de descarga das K/ das autocaravanas.
É claro que enviamos email de agradecimento pela pronta intervenção.
dever cumprido. Não basta dizer mal. Há que tudo fazer para que as situações anómalas sejam sanadas.


Média de consumo: 10,0 lts / 100 – Percorridos: 374 Kms
Dia 6 – 4agosto2016 – 5ª. feira
GUARDA – SALAMANCA (Esp)
Com o Eduardo na frente haveríamos de entrar na A25 para percorrer a vintena de Km´s que separam a Guarda de Vilar Formoso. Claro que a portagem virtual em duplicado originou um custo adicional de € 4,00 o que para quem tem o tempo todo do mundo para viajar se tornou uma pequena despesa desnecessária…
Já muito próximo do Centro Histórico de Salamanca, com o 1º dos locais previamente digitados no Gps, optamos pelo que nos surgiu a olhos vistos.
O Parque de estacionamento ao lado do campo de ‘ragueby’ da cidade universitária.







Após o almoço, a visita à parte velha da cidade outrora visitada. 














Casa das Conchas.
Na Praça Mayor, a apetecível ‘caña’ custou € 4,00!



























O ‘céu de Salamanca’ – pintura antiga nas instalações da Universidade.











Uma Tuna Portuguesa, concerteza – Faculdade de Letras UPorto





Dia 7 – 5agosto2016 – 6ª. feira
SALAMANCA – ZAMORA
Surpresa das surpresas. Os meus Amigos de Braga vindos da Itália, haveriam de se encontrar connosco.
Dia 8 – 6agosto2016 – sábado
ZAMORA – VALÊNCIA DE DON JUAN
Nova incursão no centro histórico com a intenção de visitar o Museu da Semana Santa.
Museu da Semana Santa – que falem as imagens
Visita efetuada ao Museu da Semana Santa de Zamora.
Apoquenta-me o fanatismo das ‘autoridades religiosas de Zamora’… Não se pode fotografar em igreja alguma. Tem ‘fiscais’/’irmãos’ em todas elas que com o seu acenar ríspido a quem ousa ‘sacar’ uma única foto mais parecem os terroristas do ‘daesh’! Inaceitável!
No guichet do Museu pediram-me € 5,00 pela entrada ( 4€ + 1€ PARA FAZER FOTOS. E ‘jubilados’? A resposta seca: ‘és lo mismo’,
Após o almoço, com wifi a bordo decidimos avançar para uma pequena localidade de nome : Valência Don Juan pois sabemos de antemão que existe por lá uma AS para autocaravanas.
Após entrar na localidade, um prédio bizarro chamou a nossa atenção.
O vizinho explicou-nos que o proprietário terá iniciado a sua construção nos dias e horas que lhe apetece. Será ele o único a elevar o dito. A estrutura está assente em largas paredes de barro o que já levou a população a manifestar-se pelo seu derrube sem sucesso.
Ainda não está concluído e do dono ninguém ouve nada… como se fora surdo mudo. Apenas o rádio a debitar música sempre que vai à ‘obra’!
Impressionante constatar que toda uma região árida de tons de tijolo tem ali ao lado zonas verdes impressionantes.
AS: N 42º 17’ 15’’ // W 5º 30’ 48’’
Dia 9 – 7agosto2016 – domingo
VALÊNCIA DE DON JUAN – LÉON
Kms percorridos: 781,9 – Média consumo 9,4 lts/100
Parque Público Rua dos Pelegrinos – 9 lugares grátis para AC (AS em duas tampas entre as AC ;-( )
A Sorte Grande e a Terminação?
Dia 10 – 8agosto2016 – 2ª. feira
LÉON
Pela manhã as bicicletas foram de novo destronadas.
Demos uma volta até aos confins da cidade sempre por pistas cicláveis.
Regressamos ao centro histórico com regresso para almoço.
A tarde, como não podia deixar de ser, super quente.
Quedei-me a atualizar o blog.







Dia 11 – 9agosto2016 – 3ª. feira
LÉON – Puerta de Pajares (1.379 mts) – Campumanes – Miéres – OVIEDO
Com mais um dia a prometer temperaturas a rondar os 40ºC decidimos mudar de rumo em busca de tempo mais ameno.
Meia centena de Kms percorridos eis que umas pingas de água anunciam chuva nas proximidades.
Passagem de um enorme planalto até ao alto de Puerta de Pajares onde fomos recebidos com chuva, frio e um nevoeio cerradíssimo.
Passamos de um instante ao outro para uma temperatura de 13ºC!
A meio caminho, após descidas acentuadas que iam dos 17% aos 10%, paramos na AS de Miéres para as necessárias tarefas de limpesa e reabastecimento.
A chegada a Oviedo deu-se com chuva e a temperatura nos 19ºC.
O Gps haveria de nos levar a uma agradável AS encravada num novo loteamento a 5 kms do centro mas com autocarro ali perto (€ 1,20 ao centro).
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