Dia 28jan16 – 5ª. feira
MONSARAZ – MOURÃO – Villanueva del Fresno (Esp) – Alconchel – Higuera de Vargas – JEREZ DE LOS CABALLEROS
Pela manhã, choveu e antes de sairmos ainda entramos na muralhada Monsaraz, no único Café/Restaurante aberto, com aspecto de ‘tasco’ onde pedi ‘meia de leite ‘… e nada mais havia… nem pão, nem bolos… uma pobreza franciscana… mas a conta apresentada digna de um Café 5*…
Avançamos em direcção a Mourão, cujas ruelas percorremos subindo até ao Castelo, de onde se avistava sob a neblina matinal a Albufeira do Alqueva.
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As pétalas caídas com a ligeira chuva da noite não enganam... a Primavera estará à porta? |
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Mourão |
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Castelo de Mourão |
O Eduardo ainda me desafiou para o almoço num pequeno Restaurante típico onde antes e após a refeição, os clientes deliciam os presentes com o ‘cante Alentejano’… ficará para uma próxima passagem.
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A paisagem avistada do Castelo de Mourão, prejudicada pela imensa neblina matinal |
Logo após a fronteira, em Villanueva del Fresno ´que é uma pequena vila rural, involuntariamente ligada a um facto histórico de extrema importância na vida Portuguesa: o assassínio de Humberto Delgado. (a 8 kms existe monumento em memória de Humberto Delgado), paramos na estação de serviço Repsol, onde uma ‘bombona’ de propano nos custou a módica quantia de € 11,00!!. O Eduardo aproveitou para trocar a ‘bombona’ Portuguesa sem problemas.
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Grades em tudo que é casa... consequência das pilhagens dos Portugueses??? |
Com a ‘carretera’ cortada tivemos de fazer um grande desvio por Alconchel para daí descermos e pararmos numa pequena localidade de nome Higera de Vargas. Pela leitura num dos painéis históricos da pequena localidade, percebemos que em 1640 a localidade ficou completamente destruída com a invasão Portuguesa… na terra, todas as portas e janelas estavam protegidas por grades… à cautela, pusemo-nos ao fresco pois pelo que percebemos, os Portugas não deixaram boa fama!!!
Higera de Vargas, situa-se no sudoeste da província de Badajoz, próximo da fronteira com Portugal. cerca de Alconchel, Olivença e do Rio Alcarrache,
Tem uns 2.000 habitantes apenas.
Como toda a área foi destrida pelos Portugueses durante as investidas na fronteira em 1643, o seu desenvolvimento estagnou.
Assim sendo, pouco lá permanecemos não fossem os locais aproveitar a nossa estadia para exercer a sua vingançazinha ;-)...
Dali fizemos 25 kms por estreita estrada que mesmo assim se fez sem dificuldade pois em todo o percurso não vimos uma única viatura em sentido contrário.
JEREZ DE LOS CABALLEROS
A paragem em JEREZ DE LOS CABALLEROS, localidade com 10.000 habitantes, onde as torres das três igrejas barrocas se elevam sobre a linha do horizonte, O selo artístico de Jerez é-lhe conferido pelo seu conjunto urbano, no qual encontramos a cada passo registos das várias culturas.
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igreja San Bartolomé (séc. XV) |
Visitamos a igreja San Bartolomé (séc. XV), cuja fachada está coberta de cerâmica vidrada dando-lhe um ar de rara beleza.
Das quatro igrejas paroquiais de
Jerez de los Caballeros destaque para a
de San Bartolomé pela sua decoração e colorido.
A inscrição que existe no
interior do templo especifica que uma das capelas laterais foi concluída em
1.508.
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Stº António de Pádua (?) - de Lisboa!!! |
Durante os séculos XVII e XVIII o templo teria sofrido numerosas reformas. Em 1689 a capela foi ampliada e coberta por uma abóbada de berço.
Estilisticamente pode se relacionar a torre com o barroco andaluz.
Quanto ao interior do templo, é de forma retangular, com três naves divididas por arcos que descansam sobre pilares de composição quadrangular.
Dentro do templo inúmeros bens de interesse patrimonial são: o órgão; o púlpito; a pia batismal; diferentes retábulos, particularmente o altar-mor; no túmulo de mármore de Vasco de Jerez e sua esposa Beatriz Bravo González; bem como numerosas pinturas.
O viajante ao aproximar-se de Jerez de los Caballeros
terá a oportunidade de conhecer uma cidade pontilhada maravilhosa de história
e monumentais edifícios, não em vão foi declarada Arte Monumental. Por esta
cidade antiga passaram fenícios, romanos, árabes e cristãos. Mas foi a Ordem
dos Templários que deixou uma marca profunda em Jerez e em todo o sudoeste da ''Extremadura''.
Na Idade Média, a Ordem dos Templários fê-la sede do ‘’Balyato’’. No séc XIV, passou para a Ordem de Santiago, sendo nomeada Cabeça de Partido. Testemunha das suas origens remotas, numerosos monumentos e vasto património. Sobressai a ‘’Fortaleza’’ da época Templária, junto do qual se ergue a Igreja de Santa Maria da Encarnação, de traçado renascentista e barroco mas provavelmente construída sobre uma basílica visigoda. No centro histórico proliferam palácios, mansões senhoriais, ermidas e belos conventos.
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Iglesia de San Miguel - Jerez de los Caballeros |
Na Praça de Espanha, a Igreja de San Miguel (séc. XV), com uma torre de filigrana domina a Praça com a sua grandeza.
Na visita a estas duas igrejas, surpreso com as muitas imagens cobertas com belas vestimentas. Centenas delas desfilam durante 4 dias nas magníficas procissões da Semana Santa. Entusiasmado com a visita a esta pequena localidade por alturas da Semana Santa.
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fortaleza templária e Torre sangrento no fundo |
Jerez de los Caballeros recebeu vários nomes ao longo da sua longa história. Os fenícios chamado "Ceret" e romanos "Fama Iulia 'ou' Caeriana '. Em 711, depois da batalha de Guadalete, ficou sob domínio muçulmano e foi chamado de 'Xerixa' ou 'Xeris'.
No século XIII, os Templários, sob as ordens do rei Alfonso IX, tendo o Villa de Xerez e fazer capital deBayliato Xerez, cobrindo uma vasta área que compreendia a maior parte das aldeias vizinhas.
Jerez de los Caballeros está localizada a sudoeste da província de Badajoz, na fronteira com a fronteira Português e situado em um cume de terra com uma altura média de cerca de 500 metros acima do nível do mar.
Com vista para o largo e extenso vale do rio Ardila, um afluente do Guadiana, com maravilhosas vistas panorâmicas de beleza impressionante, especialmente a partir da varanda que é o seu belo Parque de Santa Lucia, com o apoio de suas paredes e a magia de sua força no fundo .
O forte é de origem muçulmana (Alcazaba), embora a estrutura que sabemos é na verdade o resultado de uma grande reconstrução pelos Templários no século XIII e algumas alterações posteriores da Ordem de Santiago. No interior, poderá ver as características de Alcazaba de origem árabe.
Subimos entretanto à Plaza de Alcazaba cuja fortaleza foi
construída pelos Templários.
_P_ pernoita – N 38º 19’ 05.1’’ W 6º 46’ 12.9’’
Percorridos: 618 Km ( Dia 92 Kms )
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