CÁCERES - BADAJOZ
Terminávamos por aqui a nossa viagem de parceria na companhia do Eduardo Costa que seguiria viagem após a chegada a Badajoz.
Mais uma viagem em franca camaradagem, por uma região de Espanha que nos deixa vontade de rapidamente regressar a terras de nuestros vecinos.
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Já na AS de Badajoz - as despedidas |
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AS AC de Badajoz |
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''Casinha de despejos'' |
Sabíamos que existia uma nova As para autocaravanas em Badajoz.
Como tinha actualizado o Gps antes da viagem, foi mais que fácil aqui chegar.
Boas condições e num espaço exclusivo para autocaravanistas.
Calmo e a dois passos do Centro Histórico.
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O espaço para despejo das K7 |
Talvez ainda pouco divulgada mas mesmo assim ficou repleta no início da noite.
Com abundante sinalização horizontal e vertical. Magnífico.
Da parte da manhã ainda deu para atravessar a velha ponte (agora pedonal) para colher informação no Turismo.
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O complexo da Ponte de Palmas - ao fundo a Alcazaba |
Badajoz é uma cidade e município raiano da Espanha na
província homónima, da qual é capital. Faz parte da comunidade autónoma da
Estremadura e da comarca da Terra de Badajoz. Em 2013
tinha 150 621 habitantes (densidade: 102,5 hab./km²), que representa aproximadamente
20% da população da província e 7% da Estremadura.
Baptizada pelos seus fundadores muçulmanos Batalyaws (em árabe: ﺑﻂﻠﻴﻮﺱ), a sua designação em português vernáculo era Badalhouce até ao período da dinastia filipina, um termo que persiste ainda hoje em galego. Além de ser a maior cidade da Estremadura, é também o principal centro económico da região.
Situa-se a um par de quilómetros da fronteira com a cidade portuguesa de Elvas, à beira do rio Guadiana, um dos rios mais importantes da península Ibérica, que atravessa a cidade de leste para oeste, virando em seguida para sul. Apesar da dimensão do município ser bastante menor do que no passado, Badajoz é o terceiro maior município de Espanha em área, a seguir a Cáceres e Lorca. Tem 10 núcleos populacionais, dentre os quais se destacam, além da cidade, Gévora, Valdebótoa e Villafranco del Guadiana, todos com mais de mil habitantes.
A cidade foi fundada em 892 por Ibne Maruane, durante a ocupação muçulmana da península Ibérica, num local habitado desde os tempos pré-históricos mais remotos e sobre um povoado visigodo já então desaparecido ou pelo menos muito degradado, no cimo de uma das duas colinas que dominam a cidade: o Cabeço da Muela ou o Cabeço do Monturio. Em frente, na margem direita do Guadiana, situam-se as Cuestas (encostas) de Orinaza ou Cerro de San Cristóbal, também conhecidas antigamente como Baxernal ou Baxarnal. A fundação da cidade é comemorada pelos seus habitantes, denominados pacenses, na festa Almossasa Batalyaws, realizada em finais de setembro.
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Praça de Espanha, com a Casa Álvarez-Buiza à esquerda e o Palácio Municipal em frente; a parede que aparece à direita é da catedral. |
A parte mais antiga da cidade é chamada Casco Antigo ou bairro histórico. Aí se encontram vários edifícios classificados como "Bem de Interesse Cultural", nomeadamente a catedral, a alcáçova, as muralhas de estilo Vauban, a Igreja de São Domingos e o Real Mosteiro de Santa Ana.
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Sobre a ponte do Guadiana, avista-se a AS de autocaravanas... lá está a minha à direita. A Alcazaba ao fundo. |
Na década de 2000, a Praça Alta (Plaza Alta) e a Praça de Espanha, dois dos locais mais emblemáticos de Badajoz, foram restauradas em larga escala.
A última é onde se encontra o ayuntamiento, a catedral, o Arquivo Histórico Municipal, o Museu Catedralício, a Casa del Cordón e a Casa Buiza.
Outra praça importante em termos de património é a da Soledad, onde se encontram edifícios como a La Giralda, Las Tres Campnas e o Conservatório de Música.
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Plaza Alta |
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Alcazaba |
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Capela e Convento das Adoradoras (Las Adoratrices) |
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Vista desde a Alcazaba |
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Capela e Convento das Adoradoras (Las Adoratrices) |
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Parte do adarve da fortificação medieval e Torre de Espantaperros |
A quarta praça monumental da cidade é a de San Andrés, onde se situam a igreja homónima, o Hotel Cervantes a Casa Regionalista e a Casa Puebla.
A cidade dispõe de vários parques e jardins.
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Plaza Alta de Badajoz también conocida como de Marín de Rodezno antiguo Zoco musulmán Badajoz. |
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Alcazaba |
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Magnífica Praça de São José |
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Catedral de San Juan Bautista de Badajoz |
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Catedral de San Juan Bautista de Badajoz |
A meio da tarde, haveria de interromper a visita à cidade para me divertir ao ver a passagem de inúmeros adolescentes que 'mascarados' se dirigiam para a festa de carnaval.
Figurantes de idades variadas, mesmo crianças de berço animavam o centro citadino.
Grupos representativos de bairros vários desfilavam, não faltando mini-orquestras volantes que estridentemente animavam o cortejo.
Alegria aos molhos e um mar de colorido tornavam a fria tarde mais acolhedora.
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As 'geringonças' de apoio às mini-orquestras... |
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''Baterias ambulantes''... |
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Um espectáculo inesperado |
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Pró menino... e prá menina... |
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Puerta de Palmas iluminada |
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O regresso sobre a ponte do Guadiana |
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E lá estava o meu hotel itinerante |
BADAJOZ - CAMPO MAIOR (P)
Depois de uma noite calma e sossegada, haveria de retomar o caminho pela curta estrada que me levaria a Campo Maior.
Na fronteira, a ruína não abona nada dos novos tempos do acordo Schengen.
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Ruinas fronteiriças |
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Campo Maior à vista |
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A Praça Central de Campo Maior |
A meio da manhã, prossegui uma meia dúzia de quilómetros em direção a norte até ao complexo de Rui Nabeiro.
A ideia, seria ainda da parte da manhã visitar o novo CENTRO DE CIÊNCIA DO CAFÉ - espaço de características únicas na Península Ibérica, que tem por objectivo reunir todas as temáticas com o CAFÉ.
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a parte inicial do Centro com uma 'estufa' de cafézeiros |
Com este projecto, a Delta Cafés propõe-se a ultrapassar a tradicional
concepção de museu, transformando-o num conceito mais abrangente, que visa não
só reforçar a oferta cultural mas também aumentar a oferta
turístico-patrimonial da região onde se insere.
O Centro de Ciência do Café – Centro de Interpretação, Divulgação Científica e Tecnológica e Promoção Turística da Delta – tem por objectivo proporcionar, a quem o visita, uma viagem interactiva ao mundo do Café, viagem essa que se traduzirá num maior e mais rico conhecimento sobre este produto.
O espaço, que pretende ser didáctico, cultural e científico, onde os visitantes podem encontrar respostas às mais diversas questões relacionadas com o café, interagindo com equipamentos e exposições, foi pensado e criado para promover e valorizar o património cultural português, em geral, e o acervo relacionado com o café em particular.
A concepção arquitectónica do Centro de Ciência do Café a
cargo do Arquitecto João Simão da DIADE, Arquitectura e Design procura a
transparência entre os diferentes níveis e ambientes para sugerir uma
interligação de funções de um edifício polivalente.
O edifício é também um lugar de encontro, oferecendo, nomeadamente, espaços de auditório, biblioteca, bar/cafetaria e Estufa, contemplando assim, espaços públicos livres (estacionamento, acolhimento e recepção, sanitários, bar/cafetaria, biblioteca); espaços públicos acessíveis (Exposições, Estufa, auditório); e espaços privados (gabinetes de trabalho, área de bastidores e apoio à Estufa, serviços administrativos).
Por pouco, tinha cumprimentado o Empresário Sr Rui Nabeiro que dentro de dias completa 85 anos de idade.
Rui Nabeiro nasceu em Campo Maior a 28 de Março de
1931. Hoje, é um dos empresários mais
conhecidos no nosso país, não apenas por ser o presidente da Delta Cafés, mas
também por todas as actividades de carácter humanitário em que sempre
participou de uma forma bastante activa.
Começou a trabalhar aos 13 anos (1944), com um tio, na Torrefacção Camelo, e pouco tempo depois, e devido à morte do seu pai, assumiu a direcção da sociedade da torrefacção (1950).
No ano de 1961, fundou a empresa Delta Cafés, com apenas 3 funcionários. Empresa esta que funcionava num pequeno armazém em Campo Maior, com pouco mais de 50 m2. Dotado de um carácter e de uma personalidade forte, sempre preocupado com os outros, Rui Nabeiro foi desde sempre uma figura bastante activa na vila de Campo Maior e ocupou cargos importantes na vida social e política da mesma: de Presidente da Câmara Municipal de Campo Maior (1977/86) a presidente de clube desportivos – Sporting Clube Campomaiorense (1971/90), membro das mais diversas associações de carácter social e humanitário. Em 1984, funda a empresa Novadelta, S. A., empresa do Grupo Nabeiro Delta Cafés dedicada à indústria e comércio de cafés, que no ano de 1994 recebe o seu primeiro Certificado De Qualidade, estando actualmente certificada em Higiene e Segurança no Trabalho, Higiene Alimentar, bem como muitos produtos Delta estão igualmente certificados.
É de salientar que esta foi a primeira empresa portuguesa a receber o Certificado de Responsabilidade Social. Reconhecido por todos pelo seu talento e profissionalismo, Rui Nabeiro é condecorado, em 1995, com o Grau de Comendador, pelo então Presidente da República o Dr. Mário Soares.
Em 2006, é mais uma vez reconhecido e homenageado pelo Estado Português, e o Presidente da República, Dr. Jorge Sampaio, entrega-lhe a Grã-Cruz da Ordem do Infante, numa cerimónia realizada no Palácio de Belém. Também em 2006, Rui Nabeiro é distinguido com o Doutoramento Honoris Causa pela Universidade de Évora. Actualmente o Grupo Nabeiro Delta Cafés, conta com mais de 3000 funcionários, espalhados por 23 empresas (indústria, serviços, hotelaria, imobiliário, agricultura, distribuição) e exporta já para 30 países. Rui Nabeiro é um homem de qualidades inigualáveis como gestor, mas são as suas características como ser humano que o definem. O trabalho, a humildade, a amizade e o sorriso fraterno são as imagens de marca que transporta e sempre transportou para a sua vida e trabalho ao longo de quase oito décadas.
Uma personalidade que não conheço pessoalmente mas que muito aprecio.
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Ingresso Adulto: € 6,00 - sénior: € 4,00 |
Efectuada a interessante visita, desloquei-me ao 'restaurante itinerante' sendo que no final me desloquei para a ''Adega Mayor''.
Na paisagem bela e incólume que é a planície alentejana de
Campo Maior, Siza Vieira ergueu um edifício original, um volume horizontal,
caiado a branco, dividido em dois pisos na sua maior extensão, e com um
terceiro piso destinado a uso turístico e promoção dos vinhos da Adega Mayor.
A serenidade que emana deste volume simples, contrasta com a complexidade que alberga no seu interior, onde convivem espaços monumentais destinados à produção e ao armazenamento, e a abertura das zonas sociais, concebidas para a prova e fruição do vinho.
O rectângulo de 40×120 metros da adega assenta na cavidade existente e ergue-se em muros de nove metros de altura.
No topo sudoeste da construção situa-se o acesso ao edifício.
Siza reservou o último piso para a vertente mais social e pública do vinho. Aí foi criada a sala de provas que se abre para um terraço panorâmico com relvado e um espelho de água central encabeçado por um painel esculpido em mármore, desenhado também pelo arquitecto, onde as silhuetas de uma chávena de café, de um copo de vinho e de uma garrafa se sobrepõem.
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O laboratório |
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O 'terraço' sobre a Adega |
Este terraço panorâmico permite observar a vinha e o olival da herdade bem como avistar Espanha e a Serra de Portalegre.
Opção de visita 1 - Visita e degustação de 2 vinhos
Nesta visita guiada à Adega Mayor, que se inicia com a
projecção de um filme no auditório, conheça a história da adega e a produção dos
seus vinhos. A sua
experiência culminará com uma prova de 2 vinhos
Inclui prova de 2 vinhos, um branco e um tinto, da gamas
Caiado e Monte Mayor.
Outra seleção de vinhos sujeita a disponibilidade de stock
na altura da prova e mediante pagamento adicional (vinho a copo)
Duração aproximada: 1h30m
Opção de visita 2 - Visita sem degustação - Foi esta a minha opção.
Visita guiada à Adega Mayor, que se inicia com a projecção de um filme no auditório que conta a história da adega e a produção dos seus vinhos. Seguidamente visitei as zonas de vinificação e cave das barricas onde fiquei a conhecer todos os segredos da produção dos vinhos.
A finalizar a visita subi ao espelho de água da Adega Mayor de onde se desfruta de uma magnífica paisagem.
Não inclui prova de vinhos
Duração aproximada: 45m
A visita custou-me € 2,00 sem degustação.
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Com a casa rolante à porta da Adega Mayor |
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Em Campo Maior, a estátua a Rui Nabeiro |
No final do dia, ensaiaria locais vários para pernoita para tentar captar TDT mas o resultado foi negativo. Incrível esta deficientíssima cobertura sendo mais grave por se captar a TV Espanhola...
Optei por ficar no parque defronte dos Bombeiros por ser enorme e prometer acalmia na noite.
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