|
Objetivo atingido - PICÓN de FELIPE. |
Dia 8 de viagem - 13maio2015 - 4ª. feira
Aldeadávila de la Ribera (Esp.)
O dia hoje manteve a temperatura da véspera, mesmo se o sol apenas saía por detrás da névoa de tempos a tempos.
|
estacionei a 7 km da localidade para a pé percorrer o trilho até ao Picón de Felipe |
Este Município encontra-se no extremo noroeste da Província de Salamanca, uma zona relativamente plana com uma altitude média de 750 mts que fazem do conjunto paisagístico conhecido pelo nome de ''Las Arribes del Duero'' onde um forte encaixe na rede fluvial lhe confere cenários de extraordinária beleza.
Este dantesco cenário, desliza de forma prolongada por paragens ásperas, selvagens e solitárias, com verticais rochosas que em certos locais superam os 400 mts. de altura. Nos pontos mais salientes, surgem autênticos miradouros de onde se pode observar os respeitáveis precipícios.
Estas características, determinam que o clime seja muito suave, com uma fauna e vegetação atípica para estas latitudes.
|
Barragem de Aldeadávila de la Ribera |
Assim, encontrei nas Arribas dois mundos: por um lado, o situado nas planuras, em que a relativa distância do rio Douro se encontram alguns rústicos aldeamentos graníticos e por outro, o vale por onde rola o rio, de clima mais quente e onde os solos pouco férteis e de escassa profundidade.
A riquíssima flora e fauna existente na zona motivou a que se encontre incluída entre os Espaços Naturais mais importantes da Europa, declarada ZEPA (Zona de especial proteção para as Aves) e LIC ( Lugar de Interesse Comunitário ) para além de Parque Natural.
As terras próximas das correntes de água, mais agrestes e inacessíveis, aleados a alguma bondade dos habitantes, permitiram conservar uma biodiversidade já extinguida no resto da Europa.
Os esconderijos escondidos nas escarpas inacessíveis aos humanos, terá um enorme número de espécies catalogadas em vias de extinção, especialmente aves, que aproveitam os rochedos e a diversidade de recantos incrustados, para na sua relativa tranquilidade, nidificar e estabelecer o seu habitat, sendo este o motivo principal da sua conservação. Isto acontece dos dois lados de Espanha e Portugal.
|
Uma ilustração dos locais por onde viajo. |
Quem percorre esta região, delicia-se com as suas paisagens maioritariamente imaculadas e descobre um património natural único e de uma beleza inigualável, que guarda toda a sua particularidade, favorecendo a preservação de espécies vegetais e animais existentes nas encostas alcantiladas do rio Douro.
Quanto ao resto, resto, estas paisagens falam por si.
Longe da agitação e da pressão das grandes aglomerações, estas zonas, não sofreram a destruição sistemática dos seus valores patrimoniais, naturais e humanos, assegurando a persistência dos saber-fazer tradicionais e transformando aspectos, quase sempre conotados com facetas negativas, como o isolamento, a ruralidade e a fraca ocupação humana, em condições muito atractivas, sobretudo para quem, cansado do ritmo intenso do trabalho diário e do modo de vida urbano, deseja a regeneração, o lazer, a aventura e o bem-estar.
|
Objetivo atingido - Picónde Felipe |
Estes locais distam da povoação 7 kms. O restante percurso é feito por trilho e na parte final com alguma pouca escalada... nada que não se faça...
|
Mirador del Fraile |
|
Mirador del Fraile |
|
Levei na 2ª. investida a AC até ao portão da central elétrica... pensei existir local para a inversão de marcha... mas... niente!!! |
Existem outros percursos pedonais mais ousados: RUPURUPAY (dificuldade Média / 8,57 km) e RUPITIM e RASTRÓN (dificuldade Alta / 13,21 Km ), que um dia farei, encontre eu quem alinhe.
Percorridos: 416 km ( Dia 16 km )
Sem comentários:
Enviar um comentário