KÉNITRA - QUAZZANE - CHEFCHAOUEN
A manhã surgiu de carantonhas e no início da viagem choveu mesmo, com o céu carregado de nuvens cinzentas.
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Já havíamos sido vizinhos em Tiznit... ei-los de novo... |
Era de esperar... a vontade de ficar mais 15 dias é grande... mas para isso, teríamos de regressar para lá de Agadir... já não dá...
cresce o facto desta zona na maior parte do ano apresentar-se normalmente com chuva, salvo no verão em que o calor aperta mesmo.
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mesmo com chuva... as gentes dos campos trabalha sem parar... |
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zonas essencialmente agrícolas |
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verde e mais verde |
Finalmente chegados àquela que conheci há cerca de 25 anos e por quem fiquei apaixonado: Chefchaouen!
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já se avista o ''RIFE'' |
Alcandorada nas
encostas dos montes Kelaa e Megu, de onde provém seu nome, que significa
"os chifres", a cidade é a capital da província homónima, a qual faz parte da região de Tânger-Tetuão. Em 2004 tinha 35 709 habitantes
e estimava-se que tivesse 38 684 em 2010.
Considerada
um local sagrado por ali se encontrar o túmulo do santo padroeiro da região de Jebala, o sufista Moulay Abdeslam Ben Mchich Alami (1140-1227), Xexuão teve fama de ser
interdita a não muçulmanos, apesar de nela viverem muitos judeus. Moulay Abdeslam é
o santo padroeiro da da região de Jebala e da tribo homónima. É considerado um
dos "quatro pilares do Islão"4 e diz-se que sete visitas ao seu
túmulo em anos consecutivos equivalem a uma peregrinação a Meca.
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frio... |
Xexuão foi fundada em 1471 pelos xarifes idríssida do Jbel
La'lam, tendo sido povoada principalmente por mouriscos do Al-Andalus (Espanha
muçulmana). Mulei Ali Ibn Rachid (também conhecido como Moulay Ali Ben Moussa
Ben Rached El Alami ou Ali ibne Raxede, Barraxe nas crónicas portugueses), o
primeiro alcaide, considerado o fundador da cidade, e descendente do santo
Moulay Abdeslam Ben Mchich Alami e de Maomé, construiu uma pequena fortaleza
que ainda hoje existe no local de uma pequena povoação berbere, para combater o
avanço dos portugueses em Marrocos, que tinham acabado de conquistar Arzila e
Tânger.
Graças às suas características de reduto nas montanhas, de
difícil acesso, Xexuão serviu de base a muitos ataques contra os portugueses
durante praticamente um século. Mulei Ali Ibn Rachid participou em muitos
ataques às praças portuguesas do norte de Marrocos, principalmente Arzila, quer
sozinho quer juntamente com os alcaides de Tetuão, Larache Jazém (Asjen, na província
de Ouezzane) e Alcácer.
No passeio citadino, a chuva voltou de novo.
nas ruelas apertadas aglomeravam-se jovens raparigas e mulheres de todas as idades.
Questionamos o que se iria passar... a resposta veio sorridente: 'é a Raínha que vai passar'...
Lá nos encostamos para assistir à sua passagem... mas... os inúmeros policias foram avisando que não se poderiam fazer fotografias...
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o mulherio apinhava as ruelas da velha cidade para ver e aclamar a Raínha |
Lá passou a senhora sobe a proteção de um guarda-chuva de um segurança...
Não deu tempo para 'sacar' a foto pois os agentes estavam atentos e mal me disparou o 'flash'... logo me acenaram que não podia... e um deles tratou de a encobrir!...
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A Raínha... de negro, sob o guarda chuva... não se vê... ;-( |
Passados instantes a chuva caiu mais fortemente pelo que o regresso ocorreu desta vez de táxi ( € 1,00!!!)...
Percorridos: 4.263 Km (Dia 203Km)
CampingAzilan - Gps N 35º 10' 32.3'' W 5º 16' 00.7''
Dia 46 de viagem - 29mar14 - sábado
CHEFCHAOUEN
Choveu copiosamente a noite toda...
Da parte da manhã, não saí, deixaria para depois do almoço já que a 'méteo' dava melhoria do tempo.
A caminhada pelas pequenas ruas que não havíamos feito de véspera, para no final a chuva voltar... e lá no alto da montanha vizinha, quando a neblina descobria... lá estava a neve, razão pela qual o frio se faz sentir.
Fotos sobretudo das lindas portas de casas...
aqui deixo o meu registo fotográfico para quem goste...
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no alto, à esquerda, o Hotel vizinho do Camping, aliás no _P_ do Hotel pode-se ficar |
e já está... mais não digo...
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