A meio da manhã, avançamos para o porto de Algeciras.
Chegamos à pequena fila para entrar no ferry pelas 9h da manhã (10h em Espanha) sendo que a partida do barco seria uma hora mais tarde.
Enquanto esperavamos, foram entrando para a embarcação umas dezenas largas de T.I.R., o que retardou enormemente a hora da partida...
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a 'descida' para o porão do Ferry... |
Seriam meio-dia e trinta quando entramos para o porão do ferry...
Um belo dia para a travessia, mesmo se como é habitual, um vento desagradável nos atinge.
Logo no início da viagem, fizemos fila defronte de uma mesa onde um polícia Marroquino trajando à civil, nos inseria no portátil os dados do passaporte.
Restaria a parte burocrática à chegada na alfândega relativa à viatura.
Mesmo aí, as coisas correram bem, mas... e há sempre um mas... as viaturas marroquinas são objeto de grandes revistas pelo que estacionam anárquicamente não deixando que quem já se livrou dos 'papéis' tenha de esperar que uma 'brecha' nos facilite a saída...
À saída do porto haveríamos de fazer o câmbio dos € para os locais Dirahms...
O combustível, a uns 3 km, após a entrada para a AE ao preço de € 0,90!!!
Ainda encetamos a viagem pela estrada nacional, mas percorridos uns 3 kms haveríamos de decidir voltar atrás e fazer o percurso pela AE.
As AE Marroquinas tem ainda uma particularidade: pessoas circulam nas bermas e atravessam mesmo as vias... e os rebanhos pastam ao lado com o olhar atento dos pastores...
E assim o tempo dispendido encurtou consideravelmente evitando os contratempos de ultrapassagens e piso algo duvidoso...
Ficou-nos a portagem por 65 Dir ( € 6,50 )...
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o interior da fortificação |
ASILAH é uma cidade serena e localizada na costa do norte de Marrocos com um ambiente relaxante.
Tem edifícios de influência mediterrânea, envolvendo casas pintadas de branco brilhante e azul, contendo pormenores azuis, também, nas portas. As muralhas foram construídas à volta da cidade velha, que lhe dá o prazer de se poder sentar para ver o pôr-do-sol. Oferece excelentes vistas para os turistas.
Várias são as atrações em Asilah, como as compras, as praias, a Medina, as suas muralhas e as pinturas nos muros (marcas coloridas realizado no festival cultural).
História
A sua história começa desde 1500 aC, quando os fenícios utilizaram a cidade como base para o comércio.
Os Portugueses conquistaram esta cidade em 1471, mas João III decidiu abandonar devido a uma crise económica em 1549.
Foi conquistada pelos árabes em 712 e renasceu com o nome de Asilah, sendo um ponto de ligação para os comerciantes do sul da Espanha e regiões vizinhas.
Moulay Ismail tornou-se líder da cidade em 1692. Asilah serviu como apoio para os piratas entre os séculos 19 e 20, em 1829, mas os austríacos bombardearam a cidade devido à pirataria marroquina.
Em 1878, realizaram um grande plano para a renovar. Durante os primeiros anos foram iniciadas numerosas infraestruturas, pontes, estradas, ferrovias.
Hoje, Asilah é um porto popular, com um conjunto de apartamentos modernos de férias na estrada da costa. Os festivais de arte e música são realizados anualmente, incluindo o festival-pintura.
Em 2006, o novo centro cultural da cidade é a biblioteca, inaugurada Mediática príncipe Bandar Ben Soltane. História de Asilah é a história da África do Norte.
Percorridos: 1.302 Km ( Dia 105 Km )
_P_ Gps N 35º 28´05.8'' W 006º 02´11.1''
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o percurso efetuado no 1º dia de viagem até Asilah |
Dia 8 - 19fev2014 - 4ª. feira
ASILAH - LARACHE - Souk-el-Arba du-Rharb - KÉNITRA
Um duche quente a 'bordo' retemperador, ao despertar numa nova manhã de sol.
Uma passeata nas ruas pejadas de bancas de legumes e outras coisas úteis...
A ida a uma agência de telecomunicações para ver se ainda estaria ativa a 'pen' para a internet o que felizmente aconteceu!
Esta 'pen' foi-me deixada em Messines pelo Amigo autocaravanista Arlindo Sousa (que atualmente passa temporada no Brasil) a quem endereço o meu agradecimento.
Com os 150 Dir (€ 15,00) inseridos... terei net 24/24h por um mês...
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nesta visita... vejo menos 'burros'... para onde terão ido? |
Percorridos: 1.494 Km ( Dia 192 Km )
Pernoita: Camping de la Chenaie - Gps N 34.25692 O -6.56787 (repleto)
Dia 9 - 20fev2014 - 5ª. feira
KÉNITRA - RABAT - KÉNITRA
O camping encontra-se repleto, ao ponto de a eletricidade não ser suficiente para fazer 'arrancar' o frigorífico tal o nr. de utilizadores... o meu vizinho tem até uma máquina de lavar roupa 'portátil'...
A cidade tem cerca de 150.000 habitantes e já esteve cá instalada uma base aérea dos EUA durante a 'guerra fria' base essa encerrada em 1991.
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as super sumarentas laranjas Marroquinas vendem-se em todo o lado... |
A parte da manhã serviu para a habitual passeata pelas ruas onde o habitual bulício ocorre. As cores e odores característicos de Marrocos sobressaem.
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bananas são também vendidas 'aos molhos'... |
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e os morangos? |
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metade da loja... vem para o passeio... |
Após o almoço, decidimos fazer uma viagem de combóio!
Nem mais. Como em RABAT o 'camping' do lado de Salé foi encerrado, aproveitamos para esta experiência.
Rabat dista uns 40 e poucos Kms. O combóio é 'direto', apenas pára na Gare da Medina (onde embarcamos) que dista uns 900 mts do camping, depois no centro de Kénitra e volta a parar em Salé (antes de atravessar o rio) e Gare de Rabat.
O custo do bilhete é de 15 Dir. ida (€ 1,50).
Trata-se atualmente de linha eletrificada e a viagem demorou apenas meia-hora.
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partiram o vidro da porta (valdalismo?), nada melhor que deixar a composição 'rolar', com um funcionário a vigiar... |
Uma cidade mista de tradição e ao mesmo tempo cosmopolita.
O que vi de diferente em relação a anteriores visitas?
Sobretudo a evolução na reabilitação urbana nas frentes ribeirinhas (margem esquerda e direita) quer do lado de Salé... quer de Rabat.
Em termos de transportes, há cerca de um ano que iniciaram os transportes de novos autocarros urbanos e do 'Metro' de superfície que circula de forma aceitável pelo meio de ruas largas mas pejadas de gente e veículos de tração animal.
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de Kénitra à 'Plage Tilal - Pont-Blondin / Mohammedia |
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O Banco do Magreb |
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o edifício dos 'correios' do tempo colonial Francês |
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Um 'luxo'? |
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numa das ruas centrais... |
Percorremos parte da 'medina' de Rabat.
Mesmo nas ruas... na hora de oração... se arranja forma de virados para Meca...
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na outra margem... do lado de Salé... no enorme terreno onde existiu o camping... |
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na Medina, umas portadas interessantes |
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na Medina, os homens vão jogando |
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vá lá... escolha... corto aos bocados... et voilá... |
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Os modernos 'elétricos' de Rabat |
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Na praça central, mais uma 'manifestação'... com centenas de polícias observando nas imediações... |
O regresso a Kénitra de combóio, já a noite tombava.
2 comentários:
Olá Companheiro António Resende:
Como sempre muito interessante, quer a descrição, quer as fotos.
Continuação de boa viagem.
Maria Melo
Olá Resende
Lá ando eu a segui-lo por terras marroquinas. Sugeria, caso possa, que identificasse as estradas para facilitar quem o quer seguir como eu através do Google Earth.
Um abraço e continuação de boa viagem.
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