Dia 9out13 - 4ª. feira
BRAGA - ESTARREJA - COSTA NOVA
Sempre que o sol sorri no início do outono, uma vontade enorme de abalar me invade.
Para onde ir?
Para norte... Galiza?
Não. Será sempre mais agradável descer a sul.
Mais um dia de verão em pleno Outono.
Dia quente a pedir sombra nas paragens.
Pequeno intervalo em Estarreja para reabastecimento no
hipermercado e na AS para almoço.
Um destino revisitado? Pois então... quando se gosta, volta-se.
Surpreso por encontrar estes locais repletos de AC Franceses, um fenómeno recente que será positivo por um lado, e algo negativo por outro já que muitos deles se instalam nos locais por períodos grandes e aproveitando-se da pacatez das localidades, transgridem abrindo toldos, colocando cadeiras e mesas em locais inapropriados para tal prática.
Após passagem na Albicampo para acertar próxima visita de ‘revisão’ da célula da AC, prosseguimos em direcção à praia da Costa Nova, onde uma vez mais os Franceses predominavam na vintena de AC no local.
O desejado passeio pedestre junto à Ria num dia outonal pouco condizente com a estação do ano. Sol, muito sol ainda que com uma pequena brisa, ora vinda da ria, ora do oceano.
Na Costa Nova, convive-se com a Ria e com o Oceano.
Parque repleto... sobretudo de Holandeses e Franceses, que já aprenderam a que é bem melhor percorrer terras Lusas quando nos seus países o clima já começa a apontar para o Inverno.
O único senão do local, é certamente a dificuldade de 'carregar baterias' para alimentar 'a parabólica' e o 'portátil, coisa que nestes tempos de Outono não ajuda com as manhãs de neblina e o sol a cair sobre o Oceano mais cedo que o habitual.
Percorridos: 147 Km.
Dia 10.out.13 - 5ª. feira
COSTA NOVA
Com dias assim (de pleno Sol), a água do mar a desafiar aos mergulhos (a temperatura da água excelente), permitiu a estadia inesperada de dois dias maravilhosos.
Os finais de dia cativam pela sincronia de cores quentes aconchegantes.
A acalmia da localidade retempera forças e elimina ansiedades.
Dia 11out13 - 6^. feira
COSTA NOVA - QUIAIOS - PEDRÓGÃO
As manhãs de neblinas cederam às volumosas nuvens cinzentas. Havia de me meter à estrada descendo um pouco mais no mapa.
Já próximo da Figueira da Foz, concretamente na Praia de Quiaios, o céu ia-se mantendo menos encoberto a convidar os passeios pelos retemperadores passadiços sobre as zonas dunares.
Ainda pensamos em pernoitar ali. Acontece que após o almoço a vontade de partir assolou-nos de novo mesmo se o local era simpático e acolhedor, já despido de veraneantes, qual localidade abandonada...
Passagem sem paragem na Figueira da Foz, uma olhada do outro lado na praia do Cabedelo de onde se disfruta de vista previlegiada sobre a Figueira.
Uma área dunar protegida, a beleza do mar e a agradável vegetação envolvente também percorridos por passadiços de madeira.
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a travessia da ponte da Figueira |
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Rotunda da Praia de Pedrogão |
Já que a meteorologia anunciava chuva a norte do Mondego, havia de ir descendo um pouco mais.
Haveríamos de estacionar no Largo junto à Praia de Pedrógão onde a noite prometia ser calma.
Mesmo se ali próximo existe um Camping camarário, uma dúzia de AC já estavam a preparar-se para pernoitar. Fizemos o mesmo.
Percorridos: 275 Km ( dia 128 km )
Dia 13out13 - domingo
PEDROGÃO - VIEIRA DE LEIRIA - PRAIA DA VIEIRA - S. PEDRO DE MOEL - PAREDES DA VITÓRIA - NAZARÉ
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Vieira de Leiria |
Ao amanhecer, o reabastecimento nos WC ali ao lado, (abertos 24h.), e o passeio pedestre pela semi-habitada localidade onde ainda assistimos à chegada dos barcos da pesca - Arte Xávega -
(A xávega é uma arte de pesca por cerco, na qual uma extremidade da rede fica em terra, enquanto o resto da rede é colocada a bordo de uma embarcação que sai para o mar, libertando a rede. Terminada a largada, a outra extremidade é levada para terra, e puxada; antigamente com a ajuda de juntas de bois e força braçal, e actualmente recorrendo a meios mecânicos.
Este tipo de pesca era praticado em várias praias ao longa da costa portuguesa, sendo ainda pratica em algumas, como por exemplo a praia de Mira, a Praia da Vieira e a Fonte da Telha (Costa de Caparica).
A palavra xávega provém do étimo árabe "xabaca", que significa rede. A denominação "xávega" era usada pelos pescadores do sul de Portugal. No litoral centro e norte praticava-se um tipo de pesca idêntico mas com muitas diferenças, ou seja: os barcos, diferentes na forma(crescente de lua)e no tamanho, também de fundo chato e com as suas proas bastante mais elevadas para melhor suportarem o ímpeto das ondas, tinham uma capacidade de carga muitíssimo maior do que os barcos do sul. Inicialmente, o termo xávega era usado só pelos pescadores do sul, nomeadamente os da costa algarvia e tanto dava para definir a rede como o próprio barco. No litoral centro e norte, o termo por que se denominava este tipo de pesca era simplesmente "as artes" ou "as companhas das artes". Por uma questão de legislação e porque as leis quando são feitas são para todo o País, começou-se a chamar (erradamente) xávega a todo o tipo de pesca envolvente arrastante em que as redes são puxadas para terra.)
Sempre em busca do almejado sol, haveríamos de ir almoçar à pacata localidade de S. Pedro de Moel, onde habitam apenas umas 400 almas.
Após 'a bica' junto à praia, prosseguimos junto à costa.
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S. Pedro de Moel |
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S. Pedro de Moel |
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a mini-praia de S. pedro de Moel |
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uma pequena localidade que não progrediu no tempo, mantendo assim as suas características de aldeia |
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Praia de Paredes da Vitória |
Mais a sul, pequena paragem numa outra localidade que cresceu exponencialmente de nome Paredes da Vitória.
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Praia da Nazaré |
Finalmente a paragem para pernoita na Nazaré, onde havíamos combinado encontrarmo-nos com os amigos habituais Emília e Artur.
Instalamo-nos no pequeno largo ao lado da magnífica Biblioteca Pública, onde captavamos um bom sinal wireless (pp nazare2013).
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Nazaré |
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Nazaré com o areal despido de veraneantes |
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os finais de dia voltaram a encantar |
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Nazaré |
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o edifício mais estreito da Nazaré |
Percorridos: 326 Km ( dia 51 km )
Dia 14out13 - 2ª. feira
NAZARÉ - S.MARTINHO DO PORTO - SALIR DO PORTO - FOZ DO ARELHO
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S.Martinho do Porto |
Sempre ouvi dizer, que parar... é morrer... há que redescobrir outras paragens, desta vez São Martinho do Porto.
Uns 4 km adiante, no topo sul da baía, eis que surge a 'idílica' Salir do Porto, com a sua enorme duna e a ria que desenboca na Lagoa de Óbidos.
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S. Martinho do Porto |
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De Salir avista-se S.Martinho do Porto |
A caminhada neste local torna-se obrigatória.
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Salir do Porto |
Praia Salir do Porto
Continuando pela baía de S. Martinho do Porto, vai-se dar à Praia de Salir do Porto, uma praia fluvial banhada pelo Rio Tornada (ou Rio Salir) que desagua na baía de São Martinho do Porto, que por sua vez está ligada ao Oceano Atlântico. Esta Praia está situada na zona baixa da aldeia e é de areias soltas possuindo duas partes distintas: a que é acessível directamente da Aldeia e a que fica na outra margem do Rio, já do lado de São Martinho e das Dunas.
A praia é facilmente localizável, estando indicado o caminho com uma placa logo à entrada da aldeia. É proibido circular com veículos nas dunas e na praia. Com algumas infra-estruturas de apoio, não é vigiada. Tem, no entanto, uma bela vista sobre a barra e sobre S. Martinho.
Ainda pensamos ficar em Salir, contudo, decidimos 'descer' um pouco mais, até à já conhecida Foz do Arelho.
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Foz do Arelho |
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Foz do Arelho |
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Quiosques de cores fortes |
Pouco ou nenhum vento, facilitaram-nos a vida para o passeio na antiga estância de veraneio, fruindo um pôr de sol espetacular.
Sem esperar muito, eis que as tonalidades celestes dão lugar a tons quentes de púrpura, cor de fogo...
Que dizer a estes coloridos?
Cores de fogo!!!
Percorridos: 356 Km ( dia 30 Km )
Dia 15out13 - 3ª. feira
FOZ DO ARELHO - PENICHE - Praia da Consolação
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Peniche |
Deixamos a Foz do Arelho após uma calma noite.
Escolhemos Peniche como destino para pernoita.
Revisitamos a localidade e... claro, o Forte.
Dispensamo-nos de mais explanações já que na net.
Acontece que no largo contíguo às muralhas, onde estacionavam uma trintena de AC, começaram a escutar-se fortes ruídos vindos de potentes altifalantes...
Haveria uma noitada estudantil!!!
Nem foi tarde, nem cedo... seriam umas 23h., já a prepararmos a ida à cama... decidimos 'zarpar' para a Praia da Consolação (uns 6 km a sul).
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Peniche |
Já outros lá estavam, e aí, sim... um silêncio sepulcral nos recebeu.
Percorridos: 403 Km
Dia 16 e 17out13 - 4ª e 5ª. feira
Praia da Consolação
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Consolação (ao fundo a Praia dos Supertubos!!!) |
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Almoço na 'Consolação' |
O almoço seria ao ar livre.
O Bacalhau assado é sempre um pitéu apetecido.
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Gostos não se discutem... grades em tudo o que é janelo!!! E o pára-brisas??? |
Deslumbrado com as centenas de fotógrafos.
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Fotógrafos que fotografam fotógrafos... |
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Tv's |
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gente a rodos... |
Regressados à Consolação, caminhamos pela 'encosta' da fortaleza para no Restaurante encrustado nas rochas apreciar umas agradáveis 'conquilhas'...
Regressamos saciados já a lua nos espreitava.
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para finalizar o dia nada melhor que um interessante ocaso |
Dia 18,out.13 - 6ª. feira
Praia da Consolação - Aljubarrota - Alcobaça - Batalha
Os nossos amigos partiram diretamente para casa.
O tempo entretanto ficou mais tristonho.
Nada mau termos fugido à chuva que nestes dias passados tem assolado as regiões do norte.
Chegada à Batalha a tempo de almoçar.
Da parte de tarde, a chuva deu um ar da sua graça.
Valeu a ligação à eletricidade na AS para AC.
Percorridos: 489 Km ( dia 86 km )
Dia 18.nov.13 - sábado
BATALHA - BRAGA
Haveríamos de antecipar o regresso para fugir à chuva.
E não é que fizemos o percurso de regresso sem que a dita nos apoquentasse?
Percorridos: 740 Km ( dia 251 km )
1 comentário:
Olá Resende
Magnífica viagem a sua. Quando pensamos que o nosso país está já todo visto e revisto, eis que a sua viagem abre janelas de oportunidade para locais ainda para nós desconhecidos.
Admirei as suas fotos... principalmente os horizontes ao entardecer.
Abço
Carlos da Gama
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