|
Crato |
Dia 5 – 21.abril.2013
– domingo
PORTALEGRE – CRATO –
ALTER DO CHÃO – Fronteira – Sousel – Estremoz – REDONDO – Reguengos de Monsaraz
– MONSARAZ
A meio da manhã, eis que chegam
os meus parceiros de viagem após assistirem ao ‘casamento’. Não contava com eles
tão cedo e até havia pensado da parte da tarde aderir à visita guiada à
Catedral.
Que não, pretendiam prosseguir.
Que sim, argumentei eu… e lá se foram em direcção ao CRATO…
Melhor pensei… nestas coisas de
viajar com outras pessoas, haveria de fazer um esforço de conjugar interesses…
decidi também seguir em direção ao Crato, onde até cheguei mais cedo que eles…
Almoço na Vila ‘a bordo’
novamente com net ‘pirateada’… e uma visita pedestre à Vila de Malta, onde
apenas o Café estava aberto e… pasme-se… o fumo do tabaco obrigou à saída
precoce…
|
rua do Crato |
Ali próximo a Pousada Flor da
Rosa, já visitada noutra passagem que foi mandada construir pelo pai do
Condestável para aí instalar a Sede à Ordem de Malta e hoje monumento
nacional. Esta Vila que até já foi
cidade, foi completamente arrasada com as invasões muçulmanas. Valeu-lhe D.
Afonso Henriques que mandou proceder à reconstrução e repovoamento.
Já mais tarde, com a invasão
espanhola, perdemos a independência e o seu património foi destruído e
saqueado… durante a Guerra da Restauração, novamente o Crato foi assediado
pelos espanhóis que destruíram o castelo e pilharam a Vila de novo…
|
ainda o Crato |
Avançamos em direcção a Alter do
Chão.
|
as boas estradas planícies fora |
Aí sim, os pontos turísticos estavam abertos. Esplanada central com boa
clientela domingueira.
A sua magnífica Fonte
Renascentista (Fontinha) bem no centro da Vila, construída em 1556 pelo Duque
de Bragança – onde no seu interior se situam dois medalhões com as armas dos
Duques de Bragança e da Vila de Alter.
|
O Castelo de Alter |
Igreja Senhora da Alegria –
finais do séc XVI – e o seu pórtico renascentista.
A terra de Sua Alteza ‘o Cavalo’.
O ‘Lusitano’, depois de quase desaparecido, começou a ser ressuscitado em
1942, numa conhecida coudelaria que se sita a 3 km em Alter Pedroso.
Logo no centro encontramos o
Castelo que decidimos visitar numa próxima passagem pois o bilhete com a idade
que se avizinha passará para metade! A visita à ‘coudelaria’ por ser
imprescindível, ficará também para essa altura…
|
A Fonte Renascentista com os dois medalhões com as armas dos Duques de Bragança e da Vila de Alter |
Fomos deixando para trás
Fronteira, Sousel e a magnífica Estremoz, parando para reabastecimento técnico
na AS para AC do Redondo onde desta vez não pernoitamos.
|
os amarelos e verdes primaveris |
|
rebanhos |
|
muitos vinhedos |
Nova paragem no hipermercado de
Reguengos de Monsaraz (onde já existe uma óptima AS nos ‘Bombeiros’) e no final
do dia, a pernoita ocorreu num dos pontos imperdíveis e repetíveis do Alentejo
– o alto de Monsaraz – onde inesperadamente nos encontramos com o casa jantamos
e fizemos a visita já noite dentro.
|
Reguengos à vista |
|
Reguengos |
|
a subida para Monsaraz. |
|
um local imperdível e repetível... |
|
TV? Espanhola... ou então por satélite... |
|
Alqueva |
|
Monsaraz |
|
pelourinho de Monsaraz |
Percorridos: 641 Km (Dia 166 Km)
Dia 6 – 22.abril.2013
– 2ª. feira
MONSARAZ – Reguengos
– Portel – Vidigueira – BEJA – MÉRTOLA – CASTRO MARIM
Uma noite de uma acalmia
brutal.
Ao despertar, o cão rafeiro que
nos visitara de véspera, aguardava o despertar encostado ao pneu da AC dos meus
parceiros.
A mim, tocou-me a ‘gata preta’
que saberia que ao abrir a porta da AC a encontraria enrolada no degrau
atapetado da minha ‘africana’…
As despedidas ao casal Inglês e o prosseguir com o retorno a Reguengos para passando sem parar em Portel, Vidigueira, termos parado em BEJA para umas comprinhas, almoço e pequena caminhada pelo centro urbano.
Uma grande azáfama no Parque das Feiras, onde os preparativos para a abertura dois dias depois da ‘Ovibeja’’ davam à cidade um anormal movimento de viaturas e pessoas.
Dali seguimos para MÉRTOLA, onde vimos as ‘marcas’ recentes da última cheia.
|
Adoro Mértola... mas a foto.... |
Nota: Esqueci reprogramar a 'Nikon' após as fotos noturnas...
Resultado? Já eram... não fiquei com bonitas paisagens de tons de púrpura... que pena...
De novo à estrada, com a chegada ao já superlotado _P_ - AS para AC de CASTRO MARIM já ‘nos Algarves’…
|
A AS de Castro Marim no final de dia |
|
repleta a AS |
|
Castro Marim |
Uma pequena voltinha na pacata
terra e a pernoita prevista de acalmia.
Percorridos 860 Km ( Dia 219 Km)
Dia 7 – 23.abril.2013
– 3ª. feira
CASTRO MARIM – ALTURA
Pela manhã, a ida à Biblioteca
Municipal onde graciosamente utilizamos a ‘net,.
No regresso, uma surpresa algo
inesperada e agradável… ouço ‘um autocaravanista’ de uma AC Francesa a chamar
pelo meu nome!!! Nada mais, nada menos que Manuel Vilaça, que vive desde a
infância em França e conheci há seis anos atrás no Sahara! Concretamente em
Qued Ma Fatma… impressionante… como o Mundo é pequeno e… as ‘boas pessoas’ se
reencontram.
O Manuel regressava de Marrocos
onde passa 6 meses de Inverno (Outubro a Março) tempo máximo de visita. As
saudades ‘na volta’ trazem-no sempre ao seu país de origem e já há 1 mês que
está entre nós. O meu abraço fraterno ao Manuel, e a promessa de o rever no
próximo ano em Tiznit (sul de Marrocos).
|
há 6 anos encontrei este compatriota na Saharaa... hoje redescobriu-me... |
Desta vez não ficamos em VR St
António nem na Manta Rota (onde cobram € 6,50 ‘por nada’)… fomos para ALTURA,
ainda no concelho de Castro Marim onde existe uma rua ‘sem saída’ à ilharga de
vivendas ‘desocupadas’. Ao lado nas traseiras das vivendas uma enorme área térrea
tem como residentes umas dúzias de AC alemãs, holandesas, inglesas e francesas…
mesmo ao lado do passadiço para a enorme praia.
|
Praia de Altura |
|
parou e o dono ali o deixou,... |
A pé fizemos o ‘reconhecimento’
da zona onde as lojas recomeçam a abertura para o verão e descobrimos que numa
área significativa a autarquia disponibiliza ‘net wireless’ grátis.
O tempo continua a sorrir, com
sol e um certo ar frescote mas que torna aceitável o uso de manga curta, calção
e sandálias.
Percorridos 869 Km ( Dia 9 Km)
Pernoita – junto às desocupadas
moradias - _P_ em alcatrão
GPS: N 37º 10’ 17.5’’ W 007º 30’ 05.8’’
Dia 8 - 24.abr.13 - 4ª feira
ALTURA
Instalados em Altura, retirei a bicicleta 'do poleiro' e refiz o percurso de véspera a pedalar. Voltei assim à AS de Castro Marim, onde deixei o veículo a pedais ao cuidado do meu conterrâneo franco-português e aproveitei para ir à agradável Biblioteca consultar a net.
Voltei a pedalar, desta vez a percorrer os 5 km que dista Vila Real de Stº António de Castro Marim, sempre pela agradável "Reserva Natural do Sapal de Castro Marim e Vila Real
de Santo António'' que está situada junto à Foz do Rio Guadiana e é uma das mais
importantes zonas húmidas do país: é formada por sapais salgados, corpos de
água salobra, salinas e esteiros e abriga um elevado número de espécies
faunísticas e florísticas.
Constitui um habitat fundamental para milhares de aves aquáticas que encontram aqui boas condições de nidificação e invernada, justificando em pleno o seu estatuto de zona húmida de importância internacional.
O Sapal de Castro Marim destaca-se, ainda, como local de abrigo e reprodução para numerosas espécies de peixes, moluscos e crustáceos, funcionando como um viveiro natural.
Prossegui pelo pinhal de Monte Gordo e fui dar uma olhada à sua praia.
Como não podia deixar de ser, muito pouca gente e os poucos que por lá andavam seriam estrangeiros.
Pareceu-nos isso sim, que as embarcações e 'artes' da pesca cresceram enormemente...
Digamos que este foi mais um dia de relaxe regenerador.
Percorridos: Dia 0 Kms
Dia 9 - 25abr13 - 5ª feira
ALTURA - MANTA ROTA - TAVIRA - FUZETA
|
VIVA O 25 DE ABRIL |
Viva o 25 de abril
Infelizmente terei de repetir as mesmas palavras aqui colocadas no ano passado... sendo que as pensões continuaram a ser confiscadas, o desemprego continuou a piorar, as condições de vida do meu povo, complicaram-se brutalmente.
Não reagimos se nos prometem uma coisa e depois fazem outra
Não reagimos se nos cortam nos salários e nas pensões
Não reagimos que decidam eliminar feriados
Não reagimos quando nos eliminam direitos
Não reagimos que os responsáveis pelas burlas continuem por aí impunes
Não reagimos com as nomeações
Não reagimos com a venda ao desbarato do país a outro país
Não reagimos com a desfaçatez com que o fazem
Não reagimos com a apatia de toda gente
Até quando!?...
Saímos do gracioso e calmo parque de Altura em busca de espaço com eletricidade dado que os meus parceiros de viagem, uma vez mais, tinham problema com o frigorífico...
A primeira paragem ocorreu no _P_ (AS para AC) de Manta Rota. Acontece que sendo a eletricidade incluida no preço do parqueamento de 3 horas (€ 6,00), permitiam ainda que o serviço pudesse funcionar até às 21,3oh por mais € 2,00... mas a essa hora a eletricidade cessa... O serviço conta também com wifi grátis.
Prosseguimos por Tavira onde não paramos no 'camping' por estar situado em zona interior, longe do mar e da cidade.
Havíamos de rolar até ao 'camping' de Fuzeta, interessante terreola piscatória.
No exterior do 'camping', ecoavam no ar os acordes de abril que emanavam de uma iniciativa do 'pcp' da terra.
Da parte da tarde, a habitual caminhada à volta da terra, com muita gente a gozar o feriado mas a não fruir do banho de mar, sabe-se lá porquê?
Já no 'camping', haveria de passar os olhos pelas bizarrias que se nos apresentavam, desde autênticos 'jardins/quintais' miniatura, até à mais extravagante autocaravana.
|
uma 'casa' holandesa, concerteza... |
Pela acalmia do dia, pouco ou nada a acrescentar num dia de sol, pouco vento e algo quente.
Percorridos: 910 Kms ( Dia 41 Kms )
Pernoita: Parque de Campismo da Fuzeta
Sem comentários:
Enviar um comentário