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Domingo passado recebi dois sms de amigos comuns a dar-me conta do seu falecimento.
Nos 8 dias de viagem à Madeira, desliguei-me do mundo cibernético e por isso apenas li hoje o seu último poema... publicado 3 dias antes da sua morte.
para não saber a data precisa da minha morte
2. e para não ter de renovar
o guarda-roupa
3. a cor das paredes ficou fantástica
não fora a cegueira das mãos
4. os manuais escolares os jornais e
as revistas velhas não couberam no papelão
5. as estantes da sala não celebraram ainda
o milagre da ressurreição
6. os brinquedos do quarto do espelho
continuam à espera de pilhas novas
7. as velas deixaram de contar
o fogo que as silenciou
8. e as flores que entretanto murcharam
também.
20.05.2010
Na véspera da ''partida'' ainda deixou este comentário no seu BLOGUE:
Informação...
Alguns amigos, estranhando o silêncio, perguntam-me se morri. Não tenho passado bem, mas não morri. Espero ressuscitar...A todos, agradeço a preocupação...
Meu caro Ademar - com a tua partida inesperada, fiquei mais pobre.
4 comentários:
Ficámos mais pobres... mas temos ainda a memória.
O comentário, amigo António, não foi na véspera, mas no dia mesmo. Ele faleceu nessa noite. Quanto ao improviso, custa acreditar, mas ele estava em baixo, tinha-se sentido toda a semana cansado.
Os que o queríamos estamos mesmo mais pobres.
Abraço (e obrigada pelo carinho deixado no meu blogue para ele.)
Do que falaeceu Ademar?
Só hoje consegui saber da partida
Visitante de todos os dias, pela manhã.
Aos Amigos,mesmo não o conhecendo pessoalmente, não se diz adeus, ficamos sempre com eles, e partimos também.
Faz-me falta!
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